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Transplante de útero inédito: mulher doa órgão para realizar sonho da irmã

Cirurgia pioneira no Brasil destaca avanços na reprodução assistida

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O sonho de ser mãe de Jéssica Borges está mais perto de se realizar. Ela é a primeira mulher na América Latina a receber um transplante de útero de uma pessoa viva, sua própria irmã, Jaqueline. Essa conquista médica marca um avanço significativo no campo da reprodução assistida. De acordo com o G1, o procedimento, que durou cerca de dez horas e ocorreu no Hospital das Clínicas em São Paulo, foi um sucesso. Agora, Jéssica se prepara para implantar seus embriões até o final do ano.

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Nesse intervalo, o corpo dela passa por adaptações, e pela primeira vez, ela está menstruando. Este fato, inédito em sua vida, traz consigo a promessa de que em breve ela poderá gerar seus próprios filhos. O apoio incondicional de sua irmã foi fundamental para esse passo tão importante. Jaqueline, já mãe de dois filhos, sempre quis ajudar a irmã a realizar o desejo de ser mãe e não hesitou em doar o útero.

Uma história de superação e união familiar

Jéssica foi diagnosticada com a Síndrome de Rokitansky, uma condição congênita rara que afeta uma em cada 4 mil mulheres. Essas mulheres nascem sem útero, embora possam ovular normalmente, o que impede a função reprodutiva completa. A descoberta da síndrome foi difícil para Jéssica, que inicialmente sentia vergonha de compartilhar sua condição com os outros. No entanto, com o apoio de sua família e, principalmente, de Jaqueline, ela encontrou forças para buscar uma solução.

O transplante de útero é uma técnica que, embora relativamente nova, tem mostrado resultados promissores em todo o mundo. Segundo dados médicos, mais de 100 transplantes desse tipo já foram realizados globalmente, com mais de 50 crianças nascidas. Esse número crescente é um sinal de esperança para muitas mulheres que enfrentam desafios semelhantes aos de Jéssica.

Próximo passo: a chegada dos embriões

Agora, a expectativa gira em torno da implantação dos embriões, prevista para acontecer em dezembro. Jéssica, embora ansiosa, expressa otimismo com os próximos passos. O apoio emocional de sua mãe, Simone, que se emocionou com o ato de generosidade entre as filhas, tem sido essencial nesse processo.

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