Recentemente, imagens geradas por inteligência artificial (IA) de uma suposta vítima do furacão Helene viralizaram nas redes sociais, causando indignação entre os verdadeiros afetados pela tragédia. O Helene, que devastou o sudeste dos Estados Unidos, é considerado o pior furacão a atingir a região desde o Katrina, em 2005. De acordo com o Extra, embora as imagens mostrassem uma menina agarrada a um filhote de cachorro sendo resgatada de uma área alagada, logo foi descoberto que as fotos eram fabricadas.
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A farsa ficou evidente ao se notar discrepâncias visuais entre as duas imagens que circularam amplamente. Detalhes como a presença de um dedo extra e o uso de diferentes tipos de coletes e embarcações chamaram a atenção de quem observou com mais cuidado. Apesar disso, muitos, incluindo figuras públicas, compartilharam o conteúdo sem perceber os erros.
Repercussões entre as vítimas e o público
A repercussão das imagens foi rápida e intensa, com sobreviventes reais do Helene expressando sua frustração e tristeza. Muitas dessas pessoas, que perderam tudo na tempestade e continuam lidando com o trauma, se sentiram desrespeitadas pela utilização indevida de uma narrativa artificial sobre a tragédia. O furacão resultou em mais de 200 mortes e inúmeras pessoas ainda estão desaparecidas.
Além da dor causada às vítimas, a disseminação de fotos falsas gerou questionamentos sobre as consequências dessas práticas. Especialistas alertam que o uso de imagens manipuladas em situações de desastre pode prejudicar os esforços de ajuda humanitária, criar desinformação e minar a confiança pública em tempos de crise.
Falsas narrativas podem confundir
O impacto dessas fotos foi tão grande que até o senador Mike Lee, de Utah, compartilhou uma delas em suas redes sociais, sem notar as incoerências visuais. Após receber críticas e alertas sobre a falsidade da imagem, ele rapidamente a apagou, mas o estrago já estava feito. Esse episódio mostra como até figuras influentes podem ser enganadas por narrativas visuais enganosas.
O uso de imagens fabricadas, especialmente em momentos de crise, pode ter implicações graves, incluindo o desvio de doações para causas falsas e a criação de uma percepção distorcida da realidade. Embora não haja confirmação de que as fotos tenham sido utilizadas para arrecadar fundos, o potencial para esse tipo de abuso é claro.