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Historiadora gera polêmica ao fazer dança erótica em palestra na UFMA: ‘As pessoas não entendem a produção do conhecimento’

Tertuliana Lustosa provocou discussões sobre liberdade artística e os limites no ambiente acadêmico

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Durante uma palestra na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a historiadora e pesquisadora Tertuliana Lustosa provocou uma forte reação ao realizar uma performance de dança erótica e mostrar os glúteos para a plateia. De acordo com o G1, o evento, organizado pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep), fazia parte de um seminário sobre dissidências de gênero e sexualidade.

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No vídeo que circula nas redes sociais, a historiadora, que também é vocalista da banda “A Travestis”, fez uma apresentação baseada em seu estudo “Educando com o C*”, onde discutiu o corpo como ferramenta pedagógica. A coreografia incluiu movimentos de brega funk e foi aplaudida ao final. No entanto, o conteúdo e a forma de sua apresentação geraram críticas, principalmente por ocorrer em um ambiente acadêmico.

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A defesa da proposta pedagógica

Em resposta à repercussão negativa, Tertuliana explicou que foi parte da sua pesquisa sobre gênero e descolonialidade. Para ela, o objetivo é questionar estruturas de poder e promover reflexões sobre o corpo e o prazer no espaço educacional. Segundo a pesquisadora, a dança e a exibição de seu corpo são formas de propor uma nova pedagogia que desafia convenções tradicionais.

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Nas redes sociais, ela se defendeu das críticas, argumentando que seu trabalho visa enfrentar preconceitos e abrir espaço para novas discussões no meio acadêmico. Também reforçou que sua atuação não foi um caso isolado e que já havia apresentado essa mesma proposta em outras universidades do Brasil.

A UFMA emitiu uma nota esclarecendo que está investigando o ocorrido e tomará as providências necessárias após ouvir todas as partes envolvidas. A instituição destacou seu compromisso com a diversidade e a liberdade de expressão, mas também ressaltou a importância de manter o respeito e a harmonia em seus ambientes acadêmicos.

O caso reacendeu o debate sobre os limites entre liberdade artística e o respeito às normas acadêmicas, gerando discussões tanto entre alunos quanto entre professores da universidade.

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