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Tribunal britânico nega asilo a imigrante LGBTQ+ de Bangladesh

Monsur Ahmed enfrentou a deportação após ter pedido de asilo negado no Reino Unido, onde alegava temer pela vida em seu país natal devido à sua orientação sexual

Monsur Ahmed Chowdhury - Foto: Reprodução
Monsur Ahmed Chowdhury - Foto: Reprodução

Monsur Ahmed Chowdhury, de 38 anos, enfrentou o risco de deportação para Bangladesh após ter seu pedido de asilo rejeitado no Reino Unido. De acordo com o Extra, ele chegou ao país em 2009 com um visto de estudante e, desde então, tem tentado garantir sua permanência alegando que sua vida estaria em perigo devido à sua orientação sexual. Em Bangladesh, ser gay é crime e pode resultar em prisão perpétua, além da comunidade LGBTQ+ ser alvo frequente de perseguição e violência.

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Sua primeira tentativa de asilo foi negada em 2018 por um tribunal que considerou suas provas insuficientes para comprovar sua homossexualidade. O juiz argumentou que ele estava tentando “se passar por gay” para obter o direito de permanência, citando a ausência de testemunhas e a falta de evidências claras. Mesmo participando de eventos LGBTQ+ e frequentando bares da comunidade, essas atividades foram consideradas insuficientes para convencer o tribunal de sua orientação sexual.

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Decisão recente e riscos de deportação

Em junho de 2023, Monsur recebeu um novo pedido de asilo negado, com base na decisão judicial anterior. Agora, ele vive em uma situação de incerteza enquanto aguarda o resultado de um recurso. Caso a decisão seja novamente desfavorável, ele será deportado para Bangladesh, onde teme por sua segurança e vida.

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A legislação bengalesa, herança da era colonial, criminaliza atos homossexuais e, embora raramente aplicada, permite que a comunidade LGBTQ+ seja alvo de constantes abusos por parte das autoridades. O rapaz afirma que, com sua sexualidade agora exposta publicamente nas redes sociais, retornar ao seu país de origem seria um perigo iminente. Ele teme sofrer violência ou até ser morto se for forçado a voltar.

No Reino Unido, casos como o de Monsur levantam questões sobre o processo de avaliação de pedidos de asilo com base em orientação sexual. As evidências relevantes para comprovar a homossexualidade podem ser difíceis de apresentar, especialmente em sociedades onde LGBTQ+ é abertamente arriscado ou proibido.

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