Em 1978, um crânio humano foi encontrado durante uma reforma de uma casa em Batavia, Illinois, nos arredores de Chicago. O proprietário, ao se deparar com o achado, contatou a polícia, que iniciou uma investigação. Na época, os exames de DNA eram limitados, e foi possível apenas concluir que o crânio pertencia a uma jovem que viveu antes de 1900, mas a identidade dela ficou como desconhecida por décadas.
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De acordo com o Extra, o crânio foi então guardado no Batávia Depot Museum. Em 2021, durante uma reorganização no local, o objeto foi redescoberto e devolvido às autoridades. Com o avanço da ciência forense e o uso da genealogia genética, os especialistas acreditaram que novos testes poderiam revelar a identidade da jovem. Assim, em 2023, a polícia do condado de Kane solicitou ajuda da Othram Laboratories, empresa texana especializada em análise genética forense, que se dedica a resolver casos antigos com apoio de financiamento coletivo.
Solução do mistério com DNA e genealogia
A equipe da Othram conseguiu criar um perfil genético para jovens, rastreando possíveis descendentes vivos. O teste de um parente confirmou que o crânio pertencia a Esther Granger, nascida em 1848 e falecida aos 17 anos, possivelmente em decorrência de complicações no parto. Esther foi enterrada em Merrillville, Indiana, a cerca de 130 km do local onde o crânio foi descoberto. A transferência de parte dos restos mortais para tão longe levanta questões ainda sem resposta, mas uma hipótese é que o corpo tenha sido removido para estudo científico, prática comum século XIX.
A identificação de Esther representa o caso de restos humanos mais antigo já resolvido pela Othram, marcando uma importante conquista para o avanço das investigações forenses. Segundo o legista Rob Russell, devolver a identidade à jovem após tantas décadas de anonimato é uma vitória que destaca o impacto da tecnologia moderna na resolução de mistérios históricos.