Luciano D’Adamo, atualmente com 68 anos, passou por uma experiência marcante ao acordar de um coma no Reino Unido. De acordo com o Portal R7, após ser atropelado em 2019, o idoso ficou hospitalizado e, ao despertar, percebeu que sua mente estava presa ao passado. Ele acreditava ter apenas 23 anos e que o ano era 1980. A falta de reconhecimento da própria imagem, que já mostrava sinais do tempo, deixou D’Adamo em choque. Diante do espelho, ele precisou ser tranquilizado pela equipe médica, que o informou que o ano era 2019 e não 1980.
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Com o passar dos anos, ele esperava que as memórias retornassem gradualmente, conforme assegurado pelos médicos. No entanto, cinco anos após o acidente, Luciano continua sem recordar dos últimos 39 anos, com apenas flashes esporádicos de momentos específicos quando revisita fotos e documentos antigos. Esse lapso temporal o impede de reconhecer plenamente familiares, incluindo seu filho, a quem chegou a chamar de “pai” após o despertar.
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Batalha para reconstruir a memória e retomar a vida
Atualmente, D’Adamo enfrenta o desafio de reaprender sua própria história e se adaptar ao papel de avô, algo que, cognitivamente, ainda não lhe parece real. Para lidar com as lacunas deixadas pela amnésia, ele segue um tratamento contínuo e busca atividades que lhe tragam algum sentido de normalidade. Trabalhando em uma escola, Luciano tenta reconstruir, aos poucos, as bases de sua nova realidade, enquanto familiares e amigos o apoiam nesse processo.
Esse caso reforça as consequências profundas que um trauma pode provocar na mente e como a vida, para ele, se tornou uma jornada de recomeço. A expectativa dos médicos é de que, mesmo que as memórias não retornem integralmente, as terapias possam auxiliá-lo a criar novas memórias e laços com os seus, permitindo que o idoso construa uma história pessoal renovada e significativa.