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Entenda como o tratamento de lutécio radioativo pode ajudar jovem com tumor raro e alteração na pele

O medicamento pode reduzir os sintomas e estabilizar a cor da pele

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

Uma jovem cearense, diagnosticada com um tumor raro no tórax, enfrenta uma série de complicações de saúde que alteraram drasticamente sua vida. Entre os sintomas, Sabrina Gomes apresentou uma mudança incomum na cor da pele, resultado de um desequilíbrio hormonal causado pela doença. De acordo com o G1, agora, ela aguarda pelo tratamento com lutécio radioativo, uma alternativa inovadora que pode reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas.

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O lutécio é um radiofármaco que, ao ser administrado na corrente sanguínea, se fixa nas células tumorais e libera radiação diretamente nelas, ajudando a destruí-las. Para a terapia ter efeito, o medicamento precisa ser aplicado em quatro doses, com intervalos de seis semanas entre cada uma. Sabrina e sua família, no entanto, enfrentam dificuldades para conseguir o remédio, que possui alto custo e é fabricado sob demanda devido à sua curta validade.

Efeitos do tumor

O tumor de Sabrina é um tipo raro que produz o hormônio ACTH em excesso, desencadeando a Síndrome de Cushing. Esse distúrbio afeta o funcionamento das glândulas adrenais, levando à superprodução de cortisol, hormônio que regula o estresse e os níveis de açúcar no sangue. Em decorrência do excesso desse hormônio, Sabrina desenvolveu hipertensão, fadiga, problemas respiratórios e uma alteração significativa na cor da pele.

Essa hiperpigmentação é resultado da semelhança entre o ACTH e o hormônio MSH, responsável pela produção de melanina. Como o ACTH se liga aos receptores de melanina, o corpo reage com um aumento na pigmentação, escurecendo a pele da jovem progressivamente. A equipe médica espera que o tratamento com lutécio ajude a reduzir o tumor, o que pode diminuir a produção excessiva de ACTH e estabilizar os níveis hormonais.

Esforços para acesso ao tratamento

A família de Sabrina aguarda pelo fornecimento do medicamento pela Secretaria de Saúde do Ceará, que precisa de processos específicos para adquirir o remédio. O alto custo e a produção limitada tornam o acesso ao lutécio um desafio, especialmente porque ele não faz parte da lista de tratamentos oferecidos pelo SUS.

Enquanto isso, Sabrina continua demonstrando resiliência e esperança em retomar seus estudos e realizar sonhos como cursar Medicina. Sua luta inspira amigos, familiares e seguidores, que torcem pelo sucesso do tratamento e pela recuperação da jovem.

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