Ciência e Tecnologia

Arqueólogos encontram resquícios de uma sociedade agrícola de 5000 anos na África

É a evidência mais antiga de agricultura avançada encontrada em regiões fora do Vale do Nilo

De onde vem a agricultura? Quem ensinou os humanos a plantar plantas que mais tarde se transformaram em alimento? Embora seja difícil compreender quem primeiro pensou nisso, uma equipa de arqueólogos em Marrocos descobriu aquela que é a sociedade agrícola mais antiga de África, explorando o vale e os arredores do lendário rio Nilo.

Segundo uma crítica publicada pelo La República, a descoberta foi feita especificamente numa região chamada Oued Beht. Os vestígios arqueológicos têm cerca de 5.000 anos, pois pertencem a um período entre 3400 e 2900 aC.

A investigação foi liderada pelo arqueólogo marroquino Youssef Bokbot, do Instituto Nacional de Ciências Arqueológicas e Patrimônio de Marrocos. A sua equipa relatou que a antiga sociedade agrícola de Oued Beht cultivava alimentos como cevada, trigo, ervilhas, azeitonas e pistaches. Além disso, revelam que o fizeram num ambiente árido.

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Agricultura avançada

Para contrariar os efeitos das altas temperaturas, por vezes contraproducentes para a conservação dos alimentos, desenharam fossas de armazenamento, prova do quão avançada era esta civilização de há 5.000 anos.

Junto com vestígios da prática agrícola, os investigadores encontraram ossos de ovelhas, cabras, porcos e vacas, prova de que também estiveram envolvidos no desenvolvimento da pecuária.

Da mesma forma, encontraram ferramentas com as quais se realizavam os trabalhos agrícolas, como pedra polida e cerâmica, que em muitos casos eram decoradas, mais uma prova do avanço desta civilização pré-histórica da humanidade.

Se já temos a agricultura e a pecuária, e acrescentamos também o artesanato, então estamos a falar de algo mais próximo de um império como o chinês ou o romano, pelo menos em termos de desenvolvimento.

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