Os vereadores de Campinas não são deputados mas usaram o microfone ontem para falarem sobre a aceitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que ainda tem de ser referendado pelo Senado. A maioria concordou com a decisão. Diferentemente do circo de horror que foi a votação na Câmara Federal – que dedicou o voto para a mãe, para o cachorro, para a cidade, para o filho, etc. – os parlamentares campineiros disseram que esperam que o Brasil retome o crescimento econômico, invista em educação e saúde. Alguns dos parlamentares ressaltaram que a medida põe fim na corrupção – eles esquecem, porém, que os seus próprios partidos estão denunciados dentro da operação Lava Jato. A miopia ou hipocrisia são irmãs gêmeas dos políticos. Na verdade, integram a própria personalidade deles. Já os vereadores pró-Dilma disseram que o 17 de abril irá ficar marcado como um dos dias mais vergonhosos da história do Brasil. “E quando falam da corrupção vimos uma deputada, Raquel Muniz, que disse que votaria pelo sim para acabar com a corrupção teve o seu marido preso hoje (ontem) por envolvimento em desvio de dinheiro do SUS. Nos igualamos às famosas republicas das bananas (governantes trocados do dia para noite). Hipócritas ”, disse Pedro Tourinho (PT).
Educação Moral e Cívica
O vereador Jorge Schneider (PTB) defendeu ontem o seu projeto da volta das aulas de Educação Moral e Cívica nas escolas municipais. E durante a sua fala ele o petebista falou bem da ditadura militar. “Temos que olhar aquilo que foi bom e imitarmos e tirar as coisas ruins.”. Schneider criticou a “menção” do nome de Deus pelos deputados federais. Após tantas citações, o que se fala, é que Deus será investigado dentro da Operação Lava Jato.