A advogada Roberta de Oliveira Azevedo, de 37 anos, já era uma pessoa versátil como só pais e mães sabem ser, mas virou multitarefa depois que a pandemia começou. Da noite para o dia, teve que encarar trabalho home office, educação dos dois filhos, os cuidados com a casa e a função de professora após a suspensão das aulas. Exausta, foi parar no hospital com uma crise grave de ansiedade. A advogada faz parte de uma legião de pais e mães que estão sofrendo de “burnout parental” – o esgotamento físico e mental que veio com a pandemia.
Todo mundo já deve ter ouvido falar na Síndrome de Burnout – um estado de exaustão emocional, mental e física causado pelo estresse excessivo e contínuo. Normalmente associada à tensão no emprego e excesso de trabalho, o burnout agora migrou para o ambiente familiar: a ciência acaba de mostrar que pais e mães também podem sofrer desse mal, justamente pelos cuidados que os filhos demandam.
Pesquisadores da Universidade Católica de Louvain (Bélgica) analisaram 2 mil adultos e concluíram que 12% deles (tanto homens quanto mulheres) estavam sofrendo com um alto nível de burnout parental. Segundo os cientistas, essas pessoas se sentiam exaustas, incapazes e desinteressadas por suas tarefas mais do que uma vez por semana.
Os sintomas de burnout parental
• Sensação de total esgotamento físico e mental
• Já acordar cansado (a)
• Dores de cabeça e musculares
• Insônia
• Palpitações
• Tonturas
• Irritabilidade extrema
• Crises de ansiedade e choro
Como aliviar a pressão
Se você anda sentindo esses sintomas, é importante procurar ajuda. Se acha que está perdendo o controle, busque um profissional de saúde. O alívio da pressão, de acordo com psicólogos, virá da transformação de sentimentos, pensamentos e atitudes. O que você não pode é viver no limite, achando que um fim de semana poderá consertar tudo.