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Tom Holland retorna às telas em novo ‘Homem-Aranha: De Volta ao Lar’

Há algo de especial em “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”, que estreia nesta quinta-feira (6). Nesta terceira versão do herói para os cinemas, não há espaço para explicar como ele conquistou seus poderes ou o trauma por ter perdido seu tio Ben – e isso é ótimo.

Estrelado por Tom Holland, o longa ganha pontos ao se desenvolver mais como um filme de high school do que, exatamente, como um filme de herói. É um sopro de alívio em uma safra cinematográfica muito uniforme, na qual piadas e cenas de ação são milimetricamente equilibradas para dar resultado nas bilheterias.

Já vimos um pouco do Aranha de Holland em “Capitão América: Guerra Civil”, no qual o personagem é convocado por Tony Stark, vulgo Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), para lutar contra o Capitão América.

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“De Volta ao Lar” capta o herói logo após essa experiência, tendo que se readaptar à sua rotina de Peter Parker. Como enfrentar o tédio adolescente depois de viver os momentos mais emocionantes de sua vida? Ele vê então no surgimento do vilão Abutre (Michael Keaton) uma oportunidade de se provar para Stark como herói “de verdade”.

Esqueça o clichê de que “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”. O centro do filme está nessa ansiedade juvenil de crescer logo e no entendimento de que cada um precisa compreender suas forças, mas também suas fraquezas.

Por isso, é um acerto dar peso à vida escolar de Parker e, principalmente, à sua turma. Eles ainda são coadjuvantes, mas cada um tem sua singularidade evidenciada sem cair em estereótipos fáceis.

A direção do desconhecido Jon Watts é rápida, mas também competente em dar fluidez à história.

Holland é um poço de energia e bom humor. Aos 21 anos, ele tem carisma e timing cômico. É um acerto de escalação que contribui para tornar “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” verdadeiramente divertido, enterrando de vez o fiasco do reboot anterior.

Como você se sentiu na primeira vez em que vestiu o uniforme?

Eu me lembro que, na primeira vez que entrei no meu trailer para ir ao set, tinha na bolsa o roteiro com as cenas que íamos gravar. Para a primeira cena, tínhamos que subir uma colina e ao chegar no topo vi um falcão vermelho enorme. Foi muito especial. Deu um frio na espinha mas, ao mesmo tempo, encarei como um sinal de boa sorte.

Como é ver a si mesmo em um boneco de ação?

Foi muito divertido para mim, porque eu tinha que aprovar os brinquedos. Primeiramente, me mandaram uma foto do boneco, e os cinco primeiros modelos não se pareciam nada comigo. Mudaram alguns detalhes e, ao final, recebi essa miniversão de mim mesmo, mas com mais músculos que eu. Essa é uma versão muito mais em forma, o que é um pouco desonesto, mas faz parte da fantasia.

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O que as crianças podem aprender com o Homem-Aranha?

Creio que a forma como ele se mantém fiel ao que é. Esse personagem teve a bênção de receber poderes incríveis, mas isso não muda quem ele é. Ele continua sendo Peter Parker. Isso me parece grandioso e é algo que tento seguir como eu mesmo, Tom Holland, enquanto todas essas coisas loucas acontecem ao meu redor. Creio que é uma grande mensagem para as crianças: sua personalidade mais autêntica é a sua melhor versão de você mesmo.

Que foi mais louco, rodar o filme ou girar o mundo para divulgá-lo?

São tipos diferentes de loucura. Estamos nos encontrando com fãs que gritam nosso nome e nos esperam na porta do hotel. São muitas coisas que não havíamos vivido antes e que são superloucas porque eu mesmo me sinto ainda como um fã. Durante as filmagens eram outras loucuras, como usar o uniforme, ser parte de uma produção enorme, trabalhar com atores que admirava há anos, conhecer gente incrível e fazer amigos maravilhosos.

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