Em maio de 2017, um ataque terrorista encerrou um show de Ariana Grande em Manchester, na Inglaterra, de maneira trágica. Foram 23 mortos e 139 feridos – a maioria, crianças e adolescentes. A tragédia chocou o mundo e, principalmente, a artista, que duas semanas depois, fez um show beneficente na cidade, demonstrando grande maturidade para seus 23 anos.
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Dois aniversários depois, no recém-lançado disco “Sweetener”, ela empresta essa força a seu incrível alcance vocal e cria um álbum cheio de emoções e arranjos diferentes do pop chiclete que a tornou famosa.
Logo na primeira faixa, “Raindrop (An Angel Cried)”, a voz de Ariana preenche os 37 segundos com emoção singular que dá o tom do disco.
Com 6 das 13 faixas produzidas por Pharrell Williams, o álbum divide-se entre batidas animadas e arranjos melancólicos, em assuntos que vão desde o início de um relacionamento até crises de ansiedade.
Na faixa-título, ela apresenta a mensagem de seu quarto álbum de estúdio. “Quando a vida nos dá cartas / Deixe tudo salgado / Aí você surge como adoçante / E acaba com o gosto amargo.”
Depois de surgir como estrela teen no seriado “Victorious” e construir sua carreira ao redor da imagem de garota-Disney hipersexualizada (combinação frequente em Hollywood), Ariana encara o mundo com os olhos da grande estrela que se tornou.
O álbum conta com algumas parcerias que funcionam muito bem. Na faixa “The Light Is Coming”, que divide com a rapper e amiga Nicki Minaj e resulta em uma das músicas mais pop do conjunto, as duas ressaltam o que há de melhor uma na outra.
Em “Borderline”, com Missy Elliott, Ariana traz uma vibe pop dos anos 1990. Já em “No Tears Left To Cry”, as batidas dançantes justificam o sucesso do single, que levou o prêmio de melhor clipe de pop no Video Music Awards, da MTV, entregue anteontem.
Em “God Is A Woman”, fica difícil saber se a maior potência está na voz da cantora ou na letra. Em versos como “Quando você tenta me atingir, eu continuo florescendo” e “Quando tudo acabar / Você vai acreditar que Deus é mulher”, Ariana prega sua nova verdade. Ouvindo, não dá para desacreditar.