Quem anda pelas ruas do Bixiga, bairro lembrado pela herança italiana em São Paulo, talvez não conheça a história das pessoas negras que se destacaram por ali - especialmente das mulheres.
É esse o ponto principal do documentário “Mulheres do Bixiga”, que estreia neste sábado (4) na plataforma #CulturaEmCasa. O curta-metragem faz parte das comemorações do streaming público para o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março.
“O atual bairro da Bela Vista, que até 1910 era o Bixiga, ainda é um espaço de resistência cultural da capital paulista, com vitalidade e diversidade que expressam a história da cidade, como traz o documentário”, explica a diretora-geral da Amigos da Arte, Danielle Nigromonte, que cuida da gestão do streaming.
“O filme documental se propõe a desvendar o bairro a partir de vozes femininas, do encontro com as mulheres que habitam e constroem a história contínua desse território”, complementa.
Elza Maria Ferreira da Rocha, Maria Eunice Oliveira Santos e Nádia Garcia estão entre as moradoras que tem suas histórias retratadas e eternizadas no documentário, que foi dirigido pelo cineasta Rubens Crispim Jr.
Tia Geni, Walter Taverna e Padre Toninho da Pastoral Arazambi Povo de Deus (atual Pastoral Afro Achiropita) também são lembrados no filme.
O curta explora a relação dessas mulheres com o bairro em que viveram, incluindo uma comunidade negra de quilombolas, a Saracura, e o surgimento da escola de samba Vai Vai, campeã do Grupo de Acesso do Carnaval 2023.
Para assistir o documentário “Mulheres do Bixiga”, basta acessar gratuitamente a plataforma #CulturaEmCasa, a partir deste sábado (4).
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