Imagens pornográficas falsas de Taylor Swift, criadas por inteligência artificial (IA), estão circulando nas redes sociais, deixando seus leais fãs se questionando sobre a falta de regulamentação em torno da criação não consensual de imagens explícitas.
As imagens, conhecidas como 'deepfakes', mostram Swift em posições sexualizadas durante um jogo do Kansas City Chiefs, referência ao seu romance altamente divulgado com o tight end do time, Travis Kelce.
Na manhã de quinta-feira, 'Taylor Swift AI' era trending no X, anteriormente conhecido como Twitter, com mais de 58 mil posts. Fãs se uniram para tentar enterrar as imagens compartilhando uma enxurrada de postagens positivas sobre a cantora de 34 anos.
Demandas por regulamentação
Usuários do X expressaram indignação, questionando como isso não é considerado agressão sexual e pedindo regulamentações mais rígidas. Alguns chamaram as imagens de "nojentas" e alertaram sobre o impacto negativo na tecnologia de IA.
Em outubro, o presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva para regulamentar ainda mais a IA, visando impedir a produção de material de abuso sexual infantil e a criação de imagens íntimas não consensuais.
Mesmo com leis contra deepfakes não consensuais em alguns Estados dos EUA, a circulação dessas imagens persiste. Recentemente, foi reintroduzido um projeto de lei que tornaria o compartilhamento não consensual de imagens pornográficas digitalmente alteradas um crime federal.
IA enganosa
Além de criminalizar o compartilhamento de imagens íntimas digitalmente alteradas, a proposta de legislação permitiria que as vítimas processassem os infratores em tribunal civil.
Este mês, fãs de Swift foram supostamente enganados por anúncios que usavam vídeos gerados por IA da cantora, visando roubo de dinheiro e dados. A proposta legislativa visa abordar tais abusos de maneira mais abrangente.
O incidente destaca a capacidade persuasiva da tecnologia, que já foi explorada em deepfakes anteriores, incluindo imagens falsas do Papa Francisco e Donald Trump.
Este é mais um episódio alarmante que destaca a urgência de regulamentações mais abrangentes para proteger a privacidade e a integridade das pessoas diante do avanço das tecnologias de inteligência artificial.