Esporte

Conheça as bandeiras e hinos mais curiosos da Copa

«O símbolo nacional é a carteira de identidade de um país, toda vez que você pensa sobre os anseios, histórias, culturas, vitórias e sobretudo a imagem da nação, muito disso passa pelos símbolos», afirmou Berg, em entrevista à ANSA. «Quando você conhece a história de um hino ou o significado de uma bandeira, você passa daquela barreira de que o símbolo é algo oculto, para entender todo o significado por trás daquele elemento», disse. Confira: Bandeiras Arábia Saudita A bandeira saudita consiste em um retângulo verde com um frase em árabe e uma espada logo abaixo. Segundo Berg, o tom esverdeado está no estandarte desde o século 19, por se acreditar que era o preferido do profeta Maomé. A inscrição em árabe é a «shahada», um dos pilares do Islã e que significa «não existe outro deus que não Alá, e Maomé é o profeta de Alá». Por fim, a espada celebra a vitória do rei Abdul al Aziz ibn Saud, que deu origem à moderna Arábia Saudita. Croácia   A Croácia possui em sua bandeira as cores vermelha, branca e azul, símbolos dos reis croatas a partir da Idade Média, com um escudo xadrez centralizado. De acordo com a lenda, o monarca Stephan Drzislav acabou preso após perder uma batalha contra seu inimigo Pietro II Orseolo, doge de Veneza. O veneziano desafiou o croata para uma série de três partidas de xadrez e, se ele vencesse, seria libertado. Drzislav aceitou o desafio, ganhou todas as partidas e foi solto. Rússia Anfitriã da Copa, a Rússia possui três faixas em sua bandeira, com as cores branca, azul e vermelha. Segundo a lenda, o design foi inspirado na da Holanda, pois, em uma visita do czar Pedro, O Grande, ao país, ele teria ficado impressionado com a bandeira holandesa. Atualmente, segundo os russos, o branco simboliza os gelos polares, o azul, as águas do Oceano Ártico, e o vermelho, o povo. Uruguai Uma das seleções mais tradicionais da Copa, o Uruguai teve sua bandeira desenhada pelo primeiro presidente do país, Joaquín Suárez, logo após a independência. O design foi inspirado em outras duas bandeiras: dos Estados Unidos, por conta do ideal de liberdade e democracia, e da Argentina, país do qual o Uruguai fez parte no período colonial. Dinamarca A seleção dinamarquesa não é uma das favoritas da Copa, mas sua bandeira, chamada «Dannebrog», é tida como a mais antiga do mundo. A origem do estandarte do país escandinavo tem duas teorias: a primeira fala que uma bandeira vermelha com uma cruz branca caiu do céu nas mãos do rei Valdemar II, na batalha contra os estonianos em 1219; a segunda diz que o símbolo dinamarquês foi um presente do Papa durante as cruzadas. Hinos Costa Rica O país caribenho não teve um hino até 1853, quando, por conta de uma visita de delegações diplomáticas dos Estados Unidos e do Reino Unido, o governo pediu para o compositor Manuel María Gutiérrez preparar uma música para a cerimônia. No entanto, a Costa Rica só foi ter um hino oficial em 1949, quando uma composição de José María Zeledón Brenes venceu um concurso público para eleger a música símbolo do país.   Portugal O hino nacional de Portugal nasceu após o Reino Unido exigir, em 1890, que o país ibérico tirasse suas tropas da zona colonial chamada «mapa cor-de-rosa», composto por Malauí, Zâmbia e Zimbábue. Após Lisboa ceder aos pedidos britânicos, a população portuguesa, indignada, saiu às ruas para protestar, e o poeta Alfredo Keil compôs uma música em seu piano. Ao terminar, ele foi ao compositor Henrique Lopes Mendonça, que encaixou uma letra naqueles acordes. A canção ficou popular entre os republicanos e, em junho de 1911, «A Portuguesa» tornou-se o hino oficial do país.

 

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México O presidente mexicano da época, Antonio López de Santa Anna, convocou, em 1853, um concurso para a criação do hino nacional do país. De acordo com a história, Francisco González Bocanegra estava muito tímido para participar do evento, mas foi convencido pela esposa. Em certo dia, sabendo das habilidades do marido, ela trancou Bocanegra em seu quarto e o deixou lá até que ele criasse uma composição. Inspirado nos quadros que estavam no quarto, que retratavam a história do México, ele escreveu a canção que venceria a competição. Brasil Tudo começou com uma canção composta em 1822, ano da independência do Brasil, pelo maestro Francisco Manuel da Silva. Sabendo que Dom Pedro I havia feito um hino sobre a ocasião, ele guardou sua canção até abril de 1831, quando a música foi tocada na cerimônia de partida do monarca, que voltaria a Portugal para assumir o reino. A música passou a ser utilizada no período imperial com diferentes letras, até que, em 1890, um ano depois da adoção da República, o governo provisório criou um concurso para escolher um hino nacional. Porém, devido a um apelo da população, a antiga melodia do Brasil imperial foi adotada pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca. A letra como conhecemos atualmente foi escrita em 1909, pelo poeta Joaquim Osório Duque Estrada, em um concurso organizado pelo Congresso Nacional. O «Hino Nacional Brasileiro» só foi definitivamente aceito em setembro de 1922. Inglaterra (Reino Unido) Conhecido como «God Save The Queen», «Deus Salve a Rainha», em português, o hino nacional britânico foi tocado pela primeira vez em 1745, em Londres, mas os autores da canção estão envoltos em mistério. O líder da orquestra do Teatro Real na época, Thomas Arne, fez um arranjo para a música e a apresentou ao público em uma peça teatral. O espetáculo fez tanto sucesso que chegou a outros países. Com isso, a música passou a ser utilizada para saudar o rei quando ele entrava em um local de diversão pública. O hino inglês muda de gênero de acordo com um monarca no poder.

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