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Marinha ucraniana diz que teve três navios tomados por russos

As tropas russas tomaram três navios de guerra ucranianos na Crimeia nesta quinta-feira, disse uma autoridade da Marinha da Ucrânia, depois que o Exército da Rússia ocupou a península do Mar Negro e anexou ao território russo.

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Vladislav Seleznyov, um porta-voz militar da Ucrânia na Crimeia, disse que as forças russas usaram granadas de efeito moral enquanto invadiam a corveta Ternopol no porto da cidade de Sebastopol.

As bandeiras da Rússia e da Marinha russa eram vistas em outro cais de Sebastopol, onde mais duas corvetas da Marinha ucraniana estavam ancoradas, indicando que foram apreendidas.

Não havia bandeiras expostas nas proas das corvetas Lutsk e Khmelnitsky, onde os símbolos nacionais normalmente são visíveis.

«Parece que os russos abaixaram as bandeiras em ambos os navios, mas não hastearam a sua própria», disse Seleznyov.

Mais de 14.500 pessoas servem na Marinha ucraniana, de acordo com o site do Ministério da Defesa do país, com a maioria deles estacionados na Crimeia.

 

EUA e Rússia anunciam sanções mútuas e tensão aumenta

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira sanções contra russos proeminentes, entre eles aliados próximos do presidente Vladimir Putin, enquanto a Rússia corre para finalizar a anexação da Crimeia e aumentar suas forças na região.

Moscou reagiu anunciando suas próprias sanções contra políticos norte-americanos do alto escalão em retaliação contra proibições de vistos e congelamento de bens impostos a seus cidadãos por Washington, e o ministro das Relações Exteriores russo disse que a ação dos EUA irá «atingi-los como um bumerangue».

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Como Obama também prepara o caminho para possíveis sanções a setores vitais da economia russa, Putin pediu aos empresários russos que repatriem seus bens para ajudar a nação a sobreviver às sanções e ao declínio econômico.

Obama disse que a ação também terá por alvo um banco russo, que segundo um funcionário do alto escalão do governo seria o Banco Rossiya, parcialmente em posse de Yuri Kovalchuk, um banqueiro de São Petersburgo cuja associação com Putin remonta ao início dos anos 1990.

Na Casa Branca, Obama declarou que a ameaça da Rússia às áreas sul e leste da Ucrânia – que, como a Crimeia, têm grandes populações que falam russo – significa um risco sério de escalada da crise na região.

«Estamos impondo sanções a funcionários mais graduados do governo russo», disse. «Além disso, estamos impondo-as a uma série de outros indivíduos com recursos e influência substanciais que proporcionam apoio material à liderança russa, assim como um banco que oferece apoio material a estes indivíduos».

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Washington anunciou uma primeira rodada de sanções contra 11 russos e ucranianos que disse estarem envolvidos com a anexação da Crimeia na segunda-feira. As medidas mais recentes envolvem 20 pessoas, incluindo confidentes de Putin, disse a fonte, acrescentando que o Banco Rossiya – que tem 10 bilhões de dólares em bens – será «afastado do dólar».

Entre aqueles na lista russa estão o ex-candidato presidencial e senador John McCain, o líder da maioria no Senado, Harry Reid, e o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner.

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Obama disse ter assinado uma nova ordem executiva, ampliando a autoridade do governo dos EUA para tomar medidas contra setores econômicos. «A Rússia precisa saber que uma escalada maior só irá isolá-la ainda mais da comunidade internacional», afirmou.

Líderes de União Europeia também se reuniram em Bruxelas para cogitar a imposição de suas próprias sanções adicionais a Moscou.

Na capital russa, a câmara baixa do parlamento aprovou um tratado que absorve a Crimeia à Federação Russa, no momento em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, estava em Moscou para conversas sobre a crise.

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Algumas das maiores empresas russas estão registradas no exterior, onde podem se beneficiar de impostos mais baixos, mas também manter uma certa distância do Kremlin e se sentir fora de seu alcance.

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