O aval para a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), dado em 2006 por Dilma Rousseff quando era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, será investigado pelo Congresso. Nesta quarta-feira a presidente Dilma admitiu, em nota, que se baseou num parecer técnico ‘falho’ para autorizar a compra, investigada por suspeita de superfaturamento.
A estatal aprovou a compra de 50% do empreendimento por US$ 360 milhões, mas acabou pagando US$ 1,18 bi – R$ 2,76 bi – porque uma cláusula obrigou a Petrobras a ficar com 100% da refinaria porque a sócia belga desistiu do negócio. A denúncia foi publicada pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo”.
“A presidente não tem o direito de justificar-se apenas dizendo ter sido mal assessorada”, afirmou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável adversário de Dilma na campanha presidencial.
Responsável pelo laudo, o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró será chamado para se explicar na Câmara. A oposição também pediu ao MME (Ministério de Minas e Energia) uma cópia do resumo executivo. “Por todo esse cenário é cada vez mais necessária a instalação da CPI da Petrobras”, defendeu o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).
Comissão externa
A Câmara deverá criar na próxima semana a comissão para investigar denúncia de pagamento de propina na Holanda a funcionários da Petrobras. Os oito integrantes serão distribuídos por cinco representantes da base aliada e três da oposição. Maurício Quintella (PR-AL) será o coordenador dos trabalhos.