A Polícia Civil pediu a quebra de sigilo bancário e telefônico do motorista aposentado, Álvaro Pedroso, 55, que pode ser o homem encontrado esquartejado em Higienópolis.
Segundo familiares, o motorista desapareceu em 22 de março. No dia seguinte, foram encontrados três sacos com partes de um tronco e membros deixados próximo ao cemitério da Consolação.
A mulher da vítima disse para a polícia, que seu marido saiu de casa para se encontrar com a amante e desapareceu. Os parentes suspeitam que ele tenha sido morto por vingança.
Em entrevista ao programa “Brasil Urgente” da Band, a filha do motorista disse que a família está esperando os resultados do teste de DNA, mas todos acreditam que o corpo seja do aposentado.
“Há traços que indicam que seja ele, como as pintas e o cabelo”, disse. O resultado do DNA deverá ficar pronto entre os dias 14 e 17
Com as informações dos dados telefônicos e de gastos de cartão, a polícia poderá determinar onde Pedroso esteve antes da morte e em qual local teria se encontrado com a amante.
O DHPP também tenta descobrir se a suposta amante tem alguma ligação com um morador de rua preso na sexta-feira, na Bela Vista.
João Eduardo Jerônimo, 29, confessou que espalhou partes do corpo após receber R$ 30 de uma pessoa ainda não identificada. Ele negou ter matado ou esquartejado a vítima.
A cabeça teria sido deixada por outra pessoa, segundo o suspeito.
A polícia investiga também se a amante matou Pedroso ou se ela contratou assassinos de aluguel para executá-lo. Um dos motivos seria a intenção dele de querer romper o relacionamento.
DNA
O IC (Instituto de Criminalística) está realizando exames de DNA para confirmar se as partes do corpo esquartejado encontradas em Higienópolis, além de uma cabeça, deixada na Sé, na região central, são do motorista aposentado.
A cabeça foi analisada por uma equipe do Laboratório de Arte Forense da Polícia Civil do DHPP. Após a análise, um retrato falado computadorizado com fotos da cabeça e uma tomografia do crânio foram comparados com as características de desaparecidos registrados em boletins de ocorrência.
A família da vítima, que mora na zona sul da capital, reconheceu a imagem.