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Sequestro na Nigéria: quem se deve ajudar?

O que ocorre na Nigéria, o rapto de meninas e a ameaça de vendê-las como escravas, é ruim para o Islã, obrigado a lidar com imagem de terror. Não se trata de caso único com perdas momentâneas. Desde os ataques contra os EUA, em Nova York e no Pentágono, o islamismo radical se consolidou nos manuais de terrorismo.

Mas interesses ocidentais também são afetados. Os EUA optaram por não intervir militarmente na Síria porque o islamismo radical é parte da oposição ao ditador no poder. Uma intervenção poderia dar mais poderes aos radicais num Oriente Médio já encrencado, sem que Israel e palestinos aceitem dialogar de novo.

Também poderia resultar em dar mais poderes ao islamismo radical uma intervenção contra os militares que tomaram o poder no Egito e golpearam a Irmandade Muçulmana, com histórico de radicalismo. Quase o mesmo se coloca para a Nigéria, onde manda uma ditadura corrupta regada a petróleo explorado por empresas ocidentais. Ajudá-la, e isso se tornou necessário tal a crueldade em jogo, não exclui o fato de que também é ajudado quem não merece.

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