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Ação da PM busca policiais envolvidos com tráfico de drogas no Rio

Dezesseis Policiais Militares do batalhão da Ilha do Governador (17º BPM), na zona norte, entre eles, o comandante da unidade, o tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, e o 1º tenente Vítor Mendes da Encarnação, que chefiava o setor de inteligência, foram presos nesta quarta-feira na operação Ave de Rapina, deflagrada pela Seseg (Secretaria de Segurança) e pelo MP (Ministério Público).

O grupo é acusado de extorsão de traficantes mediante sequestro. Um vídeo, gravado em março, mostra a ação dos policiais, que abordam um carro com cinco bandidos próximo à base aérea do Galeão. Três são colocados no camburão e levados para a delegacia, mas os outros dois foram deixados em cativeiro. Eles só foram libertados após pagamento de resgate de R$ 300 mil. Desse total, R$ 40 mil teriam ido  para o comandante do batalhão. Segundo as investigações, a ação foi comandada pelo tenente Vítor Mendes.

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Propina e venda de armas

Segundo as investigações, traficantes pagavam propinas semanais para que os policiais ignorassem as atividades ilegais. Os PMs ainda vendiam os fuzis apreendidos com os criminosos por R$ 150 mil e também cobravam propinas de motoristas de vans.  O tenente-coronel Dayzer Corpas foi preso em casa, onde foram apreendidos R$ 14 mil em dinheiro. Na quarta-feira, ele foi promovido a subcomandate do CPE (Comando de Policiamento Especializado).

Comando mantido

Essa foi a segunda operação em menos de um mês contra a corrupção na PM. Em setembro, 26 agentes, suspeitos de cobrar propina de camelôs, motoristas de vans e traficantes na região de Bangu, zona oeste, foram presos.  Apesar disso, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que nenhuma das investigações apontou envolvimento do comandante-geral da PM, coronel Luiz Cláudio Castro, e que ele está mantido no cargo.

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