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Turista deve buscar promoções e fechar pacote em reais

Mercado não vê impacto forte de queda do dólar | Ivan Ribeiro/Folhapress

No momento em que o brasileiro começa a planejar a viagem de fim de ano, a oscilação do dólar  pode levar o consumidor a tomar decisões precipitadas ao buscar viagens internacionais.
A moeda norte-americana começou a semana passada, logo depois do resultado da eleição presidencial, em alta. Depois, teve queda nos dias seguintes, fechando a semana novamente em alta.

A dica das entidades do setor é procurar promoções e aproveitar os momentos de queda para pagar as parcelas em reais. “Dessa forma, o ônus de uma eventual variação cambial fica não com o turista, mas com o operador”, diz Magda Nassar, vice-presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo). Nesses casos, diz ela, o consumidor sabe quanto está gastando em reais. “Ele pode se programar melhor sobre quanto vai gastar na viagem”, aponta.

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Alguns, no mercado, entretanto, não acreditam em um impacto muito forte de uma eventual queda do dólar. Na opinião de Edmar Bull, presidente em exercício da Abav Nacional (Associação Brasileira das Agências de Viagem), o impacto é pequeno.

“Como a oferta de voos, principalmente para destinos internacionais, aumentou, a tarifa em dólar cai, quando multiplicada pelo câmbio”, diz. “Em algumas situações, o turista paga menos em reais do que pagou no ano passado”.

Magda acredita que o impacto é mais psicológico. “O consumidor fica animado para viajar”, diz ela, referindo-se aos períodos de queda da moeda norte-americana. “Trata-se de um momento super positivo para os operadores, é importante para nós que essa queda se mantenha”, diz ela.

 

Ainda há lugares

Os dois concordam em um ponto: a situação está melhor que há um ano e ainda há muitos lugares disponíveis. “Este ano está um pouco diferente porque as pessoas esperaram a eleição para fazer reservas”, diz Bull. Segundo ele, a expectativa é de um aumento real de vendas entre 5% e 5,5% em relação a 2013. 

Volatilidade da moeda deve continuar após alta de quase 3%

O dólar subiu quase 3% ante o real na sexta-feira, encerrando o volátil mês de outubro com alta de mais de 1%. Segundo analistas, a instabilidade deve continuar até que surjam sinais concretos de mudança na política econômica de Dilma Rousseff.

O principal motivo de preocupação dos mercados é a política fiscal do governo. Na quinta-feira, o governo admitiu que reduzirá a meta de superávit primário de 2014, após o forte déficit fiscal apurado no ano até setembro.

A decisão do Banco Central de elevar a Selic na semana passada, despertou a expectativa de uma política econômica mais favorável ao mercado nos próximos quatro anos, reduzindo temporariamente a pressão sobre o câmbio.

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Em outubro, marcado por oscilações fortes devido às eleições, a moeda variou entre R$ 2,38, na mínima, e R$ 2,51, na máxima. 

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