São Caetano vê na implantação de “telhados verdes” (jardins na cobertura dos imóveis) pela cidade uma possibilidade de diminuir a poluição. Para isso, o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) sancionou lei na semana passada que obriga o município a incentivar o cultivo desses espaços.
“Hoje é uma opção contra a poluição na cidade. Não só isso, mas também para a adaptação climática com recursos naturais”, afirma o diretor municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Horácio Pires.
Segundo o representante da prefeitura, a sanção da lei é apenas o primeiro passo. Ele diz que o desenvolvimento de projetos nesse sentido depende da finalização de um inventário sobre gases de efeito estufa, que foi iniciado neste mês pela administração municipal e deve ser finalizado em quatro meses.
“Uma coisa está ligada a outra. Conforme obtivermos os indicadores e os dados desse estudo, teremos condições de, dentro dessa lei, elaborar o decreto que irá estipular o incentivo do telhado verde”, alega Pires.
O diretor afirma que o inventário irá apontar os locais da cidade que têm necessidade de receber essas ações. “São as chamadas ilhas de calor, que existem em várias regiões pela ausência de vegetação. Ter os telhados verdes seria como o impacto de uma pequena floresta. Vai contribuir com uma condição térmica adequada sem o uso de energia.”
Por conta dessa possível economia de eletricidade, com o plantio dos jardins no teto dos imóveis servindo de “ar-condicionado natural” (leia mais ao lado), Pires acredita que não será necessário oferecer compensações financeiras, como isenção de impostos, aos moradores da cidade que fizeram o plantio desse modelo de área verde.
“Como gestor, não concordo com o clientelismo ambiental, que é dar alguma coisa em troca da mitigação. A ideia é incentivar e mostrar que é algo economicamente viável e ambientalmente correto. Com os estudos do inventário, teremos ferramentas para fazer esse incentivo e mostrar que é algo positivo para a cidade em uma campanha de divulgação.”
O inventário
Segundo a prefeitura, o inventário de gases de efeito estufa consiste em uma ampla pesquisa com base no GPC (Global Protocol for Community – Protocolo Global para a Comunidade, em português).
A administração municipal diz que o levantamento é o primeiro passo para contribuir no combate às mudanças climáticas na cidade.
O inventário
Segundo a prefeitura, o inventário de gases de efeito estufa consiste em uma ampla pesquisa com base no GPC (Global Protocol for Community – Protocolo Global para a Comunidade, em português).
A administração municipal diz que o levantamento é o primeiro passo para contribuir no combate às mudanças climáticas na cidade.