A falência do sistema prisional brasileiro foi exposta em um levantamento do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), divulgado ontem.
Conselheiros da entidade fizeram inspeções em 1.442 presídios e cadeias públicas de todo o país no ano passado e apuraram que a superlotação e a falta de condições de higiene são a regra.
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Em todo o país, havia 533 mil homens presos e 332 mil vagas, uma superlotação de 60%.
No caso das mulheres, havia 33 mil presas para 26 mil lugares, um excesso de 23%.
Além de lotadas, as unidades carecem de estrutura. Das 234 pesquisadas no Centro-Oeste, em 13 não havia banho. E em oito não havia assistência médica de emergência.
Em 944 das instituições visitadas, não havia toalha de banho para os detentos. E apenas 490 ofereciam camas para todos.
Como soluções, o CNPM sugeriu a adoção de mais penas alternativas, o aprimoramento da monitoração eletrônica de apenados e a redução das prisões provisórias.