Cinco pessoas foram presas ontem e outras duas estão foragidas por um esquema que desviou R$ 10,5 milhões do Banco do Brasil nos últimos dois anos. O golpe era conduzido a partir de uma agência no Centro de Curitiba.
Segundo a DFR (Delegacia de Furtos e Roubos), um ex-gerente geral do banco, que trabalhou na instituição por 17 anos até ser demitido no ano passado, permitia que elas tivessem acesso a maiores empréstimos e antecipações de títulos, que acabavam não sendo pagos. Isso era possível graças a um conluio com o contador das empresas, que adulterava documentos das empresas e também foi preso ontem.
Além deles, foram detidos alguns dos empresários em prisão temporária, pelo prazo de 5 dias. “Levamos um ano na investigação e vimos as impressões digitais de todos. (…) O gerente e o contador tinham o poder de decisão”, explicou o delegado Matheus Laiola, da DFR. Os presos darão depoimento hoje à tarde.
As empresas eram pequenas e de ramos variados, que iam de assessoria jurídica a produtos veterinários.
A “Operação Sangria”, como foi chamada, cumpriu 54 mandados no Paraná e também em São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
A investigação começou no ano passado a pedido do próprio Banco do Brasil, que identificou a fraude e demitiu o gerente.
No decorrer das apurações, se descobriu que o contador tentou até subornar um empresário para evitar uma “delação” por parte dele. “O contador, quando ficou sabendo que a gente estava colhendo algumas oitivas aqui na delegacia, chegou a oferecer R$ 50 mil para um dos sócios das empresas para que viesse aqui e negasse participação na atividade criminosa”, diz Laiola.