Nesta quarta-feira (27), o Facebook anunciou em seu blog oficial que irá começar a aplicar medidas para banir a apologia, o apoio e a representação de ideologias de nacionalismo branco e separatismo nas plataformas do Facebook e do Instagram. As mudanças terão início na semana que vem.
«É evidente que estes conceitos estão profundamente ligados a grupos de ódio, e não tem lugar em nossos serviços».
O Facebook atribuiu a demora em aplicar estas censuras – demora que rendeu à empresa diversas críticas – a uma confusão com outros movimentos separatistas e nacionalistas não relacionados à supremacia branca, como «separatismo basco» e o «orgulho americano». Estes, a empresa considera como «parte importante da identidade de um povo».
Após discutir com membros da sociedade civil e acadêmicos especializados em relações de raça ao redor do mundo, em conversas que tomaram os últimos três meses, a empresa concluiu que «o nacionalismo branco e separatismo não pode ser separado de forma relevante da supremacia branca e grupos de ódio».
O Facebook afirma que, a partir da semana que vem, as pessoas poderão ainda demonstrar orgulho em sua herança étnica, porém a empresa não tolerará apologia ou apoio ao nacionalismo branco e separatismo.
Após as alterações, quem pesquisar termos associados com supremacia branca receberá um link para o portal da ONG «Life After Hate», que auxilia pessoas a deixarem movimentos de ódio.
A decisão vem após ataques de grande exposição midiática ligados a grupos de supremacia branca, como o massacre em duas mesquitas, feito por um terrorista em Christchurch, Nova Zelândia.