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Uso do metrô no ABC sobe 86% em 10 anos

O uso do metrô e de táxi solicitado por aplicativo teve salto entre os moradores do ABC, enquanto ônibus, carro e trajetos a pé perderam preferência nos últimos 10 anos. Os dados fazem parte da Pesquisa Origem-Destino realizada pelo Metrô a cada dez anos e divulgada nesta semana.

De acordo com o levantamento, o número de viagens que utilizam o metrô cresceu 86% entre 2007 e 2017 entre os deslocamentos com origem na região. O aumento é maior que na capital, onde a alta foi de 52% no período. Para o consultor em engenharia de transporte de pessoas Horácio Figueira, a criação da interligação entre a linha 10-Turquesa da CPTM e a linha 2-Verde do Metrô por meio da Estação Tamanduateí, que teve início em 2010, é o principal fator para o crescimento. “Mesmo não tendo metrô, o ABC utiliza o meio de transporte combinado com outros meios para chegar a seus destinos e a abertura de novas conexões ampliou isso.”

Mas o maior crescimento no período de 10 anos foi o de viagens com táxi. A pesquisa do Metrô inclui nesta modalidade também os aplicativos, como o Uber, apesar de o serviço ainda não existir em 2007. A pesquisa indica que 79% das viagens com táxi em 2017 foram demandadas por meio de aplicativos. No ABC, o uso saltou 1.500%, crescimento bem maior que a média na região metropolitana para o modal, de 414%.

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Na contra mão de metrô e táxi, os ônibus foram os que mais perderam preferência no período. O número de pessoas que utilizam o meio de transporte caiu 25% na região. “Essa troca dos passageiros do ônibus pelo aplicativo na combinação das viagens resulta em mais trânsito perto das estações de trem e metrô”, alerta Figueira. Na capital, o uso do ônibus caiu 4%.

A quantidade de pessoas que realiza percurso a pé também teve redução no ABC, de 14,3% entre as duas pesquisas, assim como o uso do carro, com baixa de 5,8%.

Em sentido oposto ao movimento registrado na cidade de São Paulo, a região viu cair o número de viagens utilizando bicicletas. Enquanto o ABC teve 12% menos deslocamentos com o meio, a capital, que investe na expansão de suas ciclovias, saltou 44%.

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