O governo federal fez a troca do superintendente regional da PF (Polícia Federal) no Rio de Janeiro. O cargo é centro da acusação do ex-ministro Sergio Moro de interferência política no órgão pelo presidente Jair Bolsonaro.
O delegado Tacio Muzzi Carvalho e Carneiro foi o escolhido pelo novo diretor-geral da PF, Rolando de Souza, para substituir Carlos Henrique Oliveira, transferido para a diretoria-executiva da PF – segundo cargo mais importante da corporação.
A transferência, porém, tira Oliveira da linha de frente das investigações. Ele irá cuidar de questões administrativas e áreas como registro de armas, controle de produção de substâncias químicas, imigração, estrangeiros, aeroportos e portos.
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A mudança na superintendência da PF no Rio foi publicada na edição desta terça-feira (26) do Diário Oficial da União. Na portaria, assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tercio Tokano, 26 superintendentes da corporação foram trocados, junto com outros oito cargos de chefia.
De acordo com Sergio Moro, Bolsonaro pediu a troca da superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro e do então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo. O ex-ministro acusa o presidente de querer blindar familiares – seus filhos Carlos e Flávio Bolsonaro são alvos de investigações da PF.
Com a saída de Moro, ambas as mudanças foram efetivadas. Jair Bolsonaro nega a acusação de interferência política e defende que sua posição permite as alterações nos cargos.