A Prefeitura de São Paulo estima que 13,9% da população da cidade foi contaminada pelo coronavírus Sars-CoV-2, responsável pela doença covid-19. Isso significa que 1,64 milhão de adultos já foram infectados – entre casos curados ou ativos.
Os dados fazem parte da nova etapa do inquérito sorológico apresentado pelo município, durante coletiva no início da tarde desta quinta-feira (17). Foram testadas 5.760 pessoas até dia 27 de agosto, acima de 18 anos, residentes próximos a uma das 472 UBSs (Unidades Básicas de Såúde) da capital paulista.
A prevalência subiu 2,9 pontos percentuais comparada à fase anterior, com testes até 17 de agosto, em que se precisava 1,3 milhão de pessoas imunes – 11% da população paulistana. Dados da fase mais recente também apontam alta de 4,1 ponto percentual em relação à primeira fase, com testes até 6 de julho.
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A prevalência é maior nas regiões leste (19,6%) e sul (15,1%), e menor nas regiões norte (12,1%), sudeste (10,6%) e centro-oeste (10,3%). Segundo o inquérito, paulistanos das classes D/E tem seis vezes mais chances de contrair a covid-19 do que os das classes A/B.
Pretos e pardos tem prevalência de 17,4%, quase dois terços maior do que a de indivíduos brancos (10,7%) da cidade de São Paulo. Os jovens adultos são os mais infectados – 15,4% entre 18 a 34 anos.
Entre os que possuem apenas ensino fundamental, a prevalência do coronavírus é 253% maior do que aqueles que completaram o ensino superior. Casas com cinco ou mais moradores tem o dobro de chances de contrair o vírus do que casas de um a dois moradores.
Entre os testes que deram positivo, 61,8% foram casos assintomáticos, enquanto 38,2% apresentaram sintomas da covid-19 – como tosse e dificuldades para respirar. Os dados divulgados nesta quinta fazem parte do sexto inquérito feito pela prefeitura – considerada fase cinco, já que a primeira foi chamada fase zero.