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Tabagismo mata cerca de 400 pessoas por dia no Brasil; saiba como largar de vez o cigarro

Tabagismo também é considerado uma pandemia pela OMS, tendo papel de destaque no agravamento do paciente infectado pelo covid-19.

Cerca de 400 pessoas morrem por dia em decorrência do tabagismo no Brasil, afirma a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) nesta segunda-feira (dia 31), dia em que se comemora o Dia Mundial Sem Tabaco.

Estimativas revelam que houve 229 mil infartos agudos do miocárdio, 59,5 mil acidentes vasculares cerebrais e 77,5 mil diagnósticos de câncer associados ao ato de fumar apenas em 2015.

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Além disso, o tabagismo também é considerado uma pandemia pela OMS (Organização Mundial da Saúde), tendo papel de destaque no agravamento do paciente infectado pelo covid-19.

A utilização de produtos de tabaco está relacionada também com tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, disfunção erétil, infertilidade, osteoporose, catarata, entre outras condições.

Fumar é a principal causa do câncer de pulmão e da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, nome dado à doença que combina o enfisema pulmonar e a bronquite crônica.

Importante lembrar que fumar não é um hábito, e sim uma doença crônica que afeta pelo menos 9,8% da população brasileira. A mazela, segundo os médicos, é caracterizada pela adicção à nicotina – principal, mas não única causadora da dependência química do cigarro – e também por aspectos psicossociais e comportamentais.

Como largar o cigarro

A SBPT garante que para largar o cigarro é preciso seguir alguns passos.
Primeiro, o médico – um pneumologista – vai conversar com o paciente para entender as formas de consumo do tabaco e traçar o perfil clínico de cada um. Alguns dos dados levantados são: média de consumo de cigarros por dia e por ano (carga tabágica), as formas de consumo (cigarro convencional, eletrônico, artesanal, de palha, vaporizador ou narguilé), uso associado de álcool e outras drogas etc.

Depois, ele vai investigar a gravidade clínica do tabagista utilizando instrumentos diversos, como a Escala Razões Para Fumar Modificada, o teste de Fagerström de dependência de nicotina, a avaliação do consumo de bebidas alcoólicas, a escala hospitalar de ansiedade e depressão, além de possíveis exames complementares, como radiografia de tórax, espirometria.

A partir do diagnóstico clínico, do grau de dependência do paciente e das razões ou comportamentos que levam ao consumo dos produtos derivados do tabaco, o médico faz uma abordagem comportamental, ou seja, um plano de ação junto com o paciente, com o treinamento de habilidades para conseguir sucesso na interrupção do tabagismo.

Essa etapa envolve marcar o chamado «dia d», estabelecer metas de mudança na rotina, traçar uma pirâmide de motivações e uma lista sobre assertividade e ambivalência (motivos que levam a fumar versus motivos para parar), identificação de pensamentos automáticos, ensino ou indicação de técnicas de relaxamento e de manejo de fissura e, assim, apontar e ajustar os caminhos para lidar com a abstinência de forma mais efetiva.

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Especialistas afirmam que, em média, precisa-se de cinco a sete tentativas para poder parar de fumar. Isso porque, a cada tentativa, o fumante aprende algo e, ainda que não pare daquela vez, na próxima tentativa terá mais chances de ser bem-sucedido. O fundamental é não desistir.

Além da abordagem comportamental, os pacientes podem se beneficiar das medicações. A combinação dos remédios e o tempo de tratamento são definidos pelo médico.

No Brasil, o tratamento do tabagismo está disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde), por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo.

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