O Ministério da Saúde afirmou na tarde desta quarta-feira (dia 4) que nenhum Estado é prejudicado quanto à distribuição das vacinas contra a covid-19. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa, que ocorreu após acusação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre possível quebra do pacto federativo.
A Pasta explicou que as decisões em torno dos envios para os Estados não são tomadas somente pelo governo federal, mas em conjunto com o CONAS (Conselho Nacional de Saúde) e CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Sendo assim, as três esferas – País, Estados e municípios – se encontram representadas.
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Ainda segundo o Ministério da Saúde, não há um percentual fixo de envio de vacinas para cada Estado. A entrega evolui à medida que o PNI (Programa Nacional de Imunização) avança. Como cada Estado conta com uma porcentagem distinta que integra cada grupo em tempo de imunização, as quantidades variam proporcionalmente.
Ataques de Doria
Mais cedo, Doria acusou o Ministério da Saúde de quebra do pacto federativo por entregar apenas 50% das vacinas da Pfizer que seriam destinadas ao Estado.
De acordo com o tucano, ontem o Ministério destinou 228 mil doses da vacina da Pfizer para o Estado, 50% a menos do que deveria ter sido entregue, e isso pode comprometer o calendário de vacinação de crianças e adolescentes, programada para começar no dia 18.
A vacina da Pfizer foi a única testada para aplicação em jovens com menos de 18 anos, e a vacinação desse grupo não pode ocorrer caso não haja doses disponíveis.