Uma mulher afegã foi executada na rua por não usar burca somente algumas horas depois que o Talibã jurou proteger os direitos das mulheres. Ela teria sido executada por um esquadrão da morte em Talogon, na província de Takhar, por não utilizar roupas islâmicas em público.
Uma foto mostra uma poça de sangue se espalhando do corpo da mulher enquanto parentes choram ao seu redor. Embora a cena tenha sido fotografada após a retomada de poder pelo Talibã, não se sabe com exatidão a hora em que a fotografia foi capturada.
Conforme noticiado pelo The Mirror, em um outro vídeo é possível ver um comboio de combatentes do Talibã enfurecidos nas ruas de Cabul. Os homens disparam seus rifles para o alto enquanto supostamente buscavam defensores dos direitos humanos e funcionários do governo.
O caos dominou o Afeganistão depois que líderes do Talibã tomaram o palácio presidencial e declararam a capital do país, Cabul, como sendo deles. O discurso de vitória foi transmitido pela televisão na última terça-feira.
Eles prometeram reintroduzir a lei Sharia, mas também prometeram um regime mais brando do que as repressões cruéis e severas implementadas durante seu governo anterior que durou até a invasão norte-americana em 2001.
Grupo extremista prometeu respeitar os direitos das mulheres
Em seu discurso, o porta-voz do Talibã disse que o grupo está “comprometido com os direitos das mulheres”, mas apenas sob a lei Sharia.
As mulheres foram cruelmente reprimidas pelo Talibã em seu governo anterior. As leis negavam a elas direitos a educação, direitos trabalhistas e proibiam-nas de estar em público sem a companhia de um homem. As mulheres também eram obrigadas a se cobrir com burcas.
Confira também:
- Jovem afegã de 14 anos foi pisoteada até a morte
- Mães desesperadas entregam os filhos aos soldados que deixam o Afeganistão
- Mulher que teve os olhos arrancados pelo Talibã afirma que mulheres são utilizadas como alimento para cachorros
- Malala Yousafzai demonstra preocupação com a retomada do poder pelo Talibã
No dia seguinte a retomada de poder pelo grupo extremista, os combatentes pediram às mulheres que retornassem à escola e ao trabalho. Um porta-voz chegou a conceder uma entrevista a uma jornalista de TV.
Porém, a realidade vista nas ruas do país foi outra. Mulheres afegãs foram “marcadas” por combatentes do Talibã. Homens, mulheres e crianças reunidos no aeroporto de Cabul foram espancados com chicotes e cordas com nós. As cenas de horror foram amplamente divulgadas nas redes sociais.