Em discurso na ONU nesta segunda-feira, o diplomata ucraniano nos Estados Unidos Sergiy Kyslytsya leu para os representantes de todos os países um relato que, segundo ele, é uma mensagem de um soldado russo que participa da invasão à Ucrânia para sua mãe.
“Mãe, eu estou na Ucrânia. Tem uma guerra acontecendo aqui. Estou com medo. Estamos bombardeando todas as cidades, mirando civis. Nos disseram que eles nos receberiam. E eles estão caindo diante dos nossos tanques. Se jogando debaixo das rodas e tentando não deixar a gente passar. Eles nos chamam de fascistas. Mãe, isso é muito difícil.”, diz o soldado.
Segundo o diplomata, o jovem soldado viria a morrer horas depois no combate com soldados ucranianos.
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REUNIÃO DE EMERGÊNCIA
O embaixador ucraniano dos Estados Unidos aproveitou a reunião emergencial da Assembleia-Geral da ONU para pedir um cessar-fogo entre os dois países e lembrou que essa é a primeira vez desde a criação da Organização das Nações Unidas, em 1945, que existe uma guerra no centro da Europa.
“Se a Ucrânia não sobreviver, a ONU não sobreviverá. Não será uma surpresa se a democracia ruir”, disse aos representantes de todas as nações do mundo.
“Salvemos a democracia. Defendamos os valores nos quais acreditamos.Ucranianos estão pagando com suas próprias vidas”, disse.
MORTOS NA GUERRA
Segundo o governo ucraniano, pelo menos 352 civis morreram nos ataques da Rússia até o momento. O número de feridos já atingiu 1.684, sendo 116 crianças, desde o início da invasão, na quinta-feira.
O governo ucraniano não forneceu informações sobre a morte de soldados na guerra até o momento.
O governo russo alega que suas tropas atacam apenas instalações militares ucranianas e que a população civil não está em perigo. A Rússia também não forneceu informações sobre suas baixas de guerra desde o início do conflito.
