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Soldado que matou irmã foi reprovada pela PM por usar drogas, mas obteve aprovação na Justiça

A policial militar Rhaillayne Oliveira de Mello, que foi presa em flagrante após matar a própria irmã a tiros durante uma briga em um posto de gasolina no bairro Camarão, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, só conseguiu ingressar na corporação após entrar com um recurso na Justiça. Ela foi aprovada no concurso em 2014, mas acabou reprovada durante a “pesquisa social” após confessar que já fez uso de substâncias tóxicas.

De acordo com reportagem do jornal “O Globo”, um documento do Centro de Recrutamento e Seleção de Praças, de 2018, mostrou que a policial revelou que usou “maconha, LSD, ecstasy e MD” em festas rave.

Na ocasião, os responsáveis pela análise também citaram outros motivos para que a candidata não fosse aceita, como desavenças públicas que ela teve com o pai “pelo fato de o mesmo não concordar com as coisas erradas que fazia” e o “relacionamento de amizade” com um homem suspeito de crimes.

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Depois da reprovação, Rhaillayne entrou com uma ação na Justiça e seguiu no processo seletivo. Porém, depois, ela ainda foi reprovada nos testes físicos e voltou a recorrer. Desta vez, ela alegou que o próprio curso de formação ocasionou problemas de saúde que afetaram o desempenho na prova.

A ação tramitou até o segundo semestre do ano passado, quando acabou arquivada por desistência da própria autora. Assim, ela assumiu o posto de soldado na corporação. Desde que foi aprovada, a PM estava lotada no 7º BPM (São Gonçalo).

A Polícia Militar foi procurada para comentar a aprovação de Rhaillayne, mas a corporação não comentou o assunto.

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O crime

Rhaillayne de Oliveira de Mello e a irmã, Rhayana Mello, teriam saído de uma festa e pegaram um carro de aplicativo. De acordo com uma atendente do posto, elas já chegaram ao local discutindo.

“Aqui tem um banheiro e elas vieram aqui para esse banheiro e começaram a discutir, até que aconteceu esse fato lamentável. Só escutei o barulho, muito, muito tiro”, disse Josiane Silva ao “G1″.

Segundo testemunhas, a PM disparou diversas vezes contra a irmã. A polícia foi acionada, e Rhaillayne acabou presa pelo próprio marido, que também é policial militar e deu voz de prisão em flagrante à esposa. Ela foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios de Niterói.

O Corpo de Bombeiros também foi chamado, mas encontrou a vítima já sem vida no local.

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A PM informou que a arma usada pela soldado foi apreendida. A Corregedoria Geral da Corporação acompanha o caso por meio da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar.

Em nota, a Polícia Civil disse que Rhaillayne foi autuada por crime de homicídio.

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