As polícias Civil e Militar confirmaram que a operação realizada no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na quinta-feira (21), terminou com 18 mortos e quatro presos. Entre as vítimas estão 16 suspeitos, além de um policial militar e uma mulher de 50 anos, que foi atingida por um tiro enquanto passava de carro pela região.
Em entrevista coletiva, o subsecretário operacional da Polícia Civil, Ronaldo Oliveira, disse os suspeitos reagiram e “infelizmente escolheram atingir os policiais”. Segundo ele, o objetivo era prendê-los, mas como eles atiraram acabaram mortos. A ação teve como objetivo combater o roubo de veículos, de carga e a bancos.
Durante a operação, o cabo Bruno de Paula Costa foi baleado e morreu. A PM destacou que ele deixou dois filhos autistas.
As corporações também lamentaram a morte de Letícia Marinho Sales, baleada dentro de um carro. Parentes disseram que o veículo foi alvejado por um policial enquanto estava em um sinal de trânsito na rua Itararé.
“Eu estava levando ela para casa dela. Não estava havendo confronto, chegando no sinal eu parei. Mesmo assim, eles vendo os vidros abertos, alvejaram o carro”, contou Denilson Glória em entrevista ao G1. Ele era namorado da vítima e destacou que ela foi atingida no peito e morreu na hora.
A Delegacia de Homicídios informou que vai investigar tanto a morte do policial, quanto de Letícia.
Confronto
Segundo o comandante do Batalhão de Operações Policiais (Bope), Uirá Nascimento, entre os homens que entraram em confronto com a polícia estavam criminosos que usavam fardas similares a de policiais civis e militares.
Moradores relataram tiroteios e até rajadas contra um helicóptero da polícia. A cena foi compartilhada nas redes sociais, evidenciando os momentos de tensão vividos (veja abaixo).
O tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da PM, explicou a importância da ação orquestrada pelas autoridades nesta quinta-feira. “É uma operação que se fazia necessária por conta das ações criminosas que os marginais dessa comunidade vêm desempenhando em diferentes pontos do Estado do Rio de Janeiro”, disse ao portal.
Segundo ele, os traficantes têm diversificado suas atividades criminosas. “Sempre com objetivo estratégico de sustentar a sua política expansionista”, afirmou.
LEIA TAMBÉM: