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Índios serão testados para apurar se algum deles estuprou menina de cinco anos, afirma cacique

Crime ocorreu na Aldeia de Paranapuã, em São Vicente (SP); material genético foi colhido na vítima

Os índios da Aldeia de Paranapuã, que fica em São Vicente, no litoral sul de São Paulo, serão testados para apurar se algum deles estuprou uma menina indígena de cinco anos. Material genético foi colhido na vítima para tentar identificar o autor do crime.

“Houve uma perícia no material genético que estava na menina e, uma vez que tivermos resposta por parte da polícia, vou reunir todos os membros homens para verificar se foi alguém de dentro da aldeia”, disse ao site G1 o cacique Ronildo Amandios.

O cacique destacou que, caso algum dos 20 membros masculinos da aldeia seja apontado como suspeito, ele vai responder pelo crime. “Valerão os aparatos da lei. Por mais que sejamos indígenas, não temos a ‘tutela’ antiga da Funai, quando respondíamos por nós mesmos. Podemos responder civilmente”, disse ele.

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O estupro

O crime aconteceu na última quarta-feira (19). A vítima foi encontrada em uma região de mata com sangramento na região genital e foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Segundo a Polícia Civil, a PM (Polícia Militar) foi acionada por funcionários do Hospital São José para atender uma ocorrência de estupro de menor. Lesões provenientes de estupro teriam sido informalmente confirmadas pelo médico que atendeu a paciente.

A mãe da criança contou aos policiais que estava em uma reunião na aldeia onde mora e que, na sequência, foi encontrar a filha na casa de um de seus vizinhos. Quando chegou ao local, a menina estava do lado de fora da casa, com sangramento no órgão genital.

A mãe e o vizinho não souberam informar a autoria do crime. O caso foi registrado como estupro de vulnerável na Delegacia de Polícia de São Vicente e o Conselho Tutelar da cidade foi acionado.

A vítima permanece internada do Hospital do Vicentino, sem previsão de alta.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que também acompanha as investigações do caso. Nenhum suspeito foi preso até o momento.

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