Familiares dos sobreviventes do acidente com o ônibus que caiu de uma ponte na BR-116, em Além-Paraíba, em Minas Gerais, relatam o drama que tem vivido e buscam ajuda. As informações são do “G1″.
Na última terça (31), amigos e parentes se mobilizaram pelas redes sociais para conseguir transferência para Felipe Gabriel Silva de Souza e Ícaro Morais Pereira, ambos de 17 anos. Os dois precisam passar por cirurgias que o hospital São Salvador, em Além Paraíba, não dispõe.
Após os apelos, os familiares conseguiram ajuda para transferir os meninos de helicóptero nesta quarta-feira (1º) para um hospital em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
Já Cauan Vicente, de 16 anos, está temporariamente paraplégico após sofrer duas lesões na coluna. Ele foi submetido a uma cirurgia ontem em Muriaé (Minas Gerais). Sua família também chegou pedir ajuda financeira pelas redes sociais, mas o cunhado Juliano entrou em contato com a empresa LG Turismo, responsável pelo ônibus, e foi encaminhado para falar com a seguradora da empresa.
“Eles disseram que vão pagar a hospedagem para mim e para a mãe do Cauan, que também está aqui. Mas foi eu que entrei em contato”, disse à reportagem do site.
Dez jogadores, vítimas do acidente, seguem internados.
Depoimento do motorista
O motorista do ônibus prestou depoimento à Polícia Civil na última terça-feira. A princípio, o condutor, que não teve o nome divulgado, disse não se lembrar bem do ocorrido. Depois, afirmou que teve a impressão de ter visto uma carreta e entendido que ela queria fazer uma ultrapassagem, mas que ela teria desistido e recuado.
“O condutor teria se assustado, jogando o ônibus para o lado e o veículo teria se chocado contra a proteção lateral da pista”, informa uma postagem da Polícia Civil nas redes sociais.
O funcionário da LG Turismo foi ouvido no Hospital São Salvador, em Minas, onde permanece internado. Ele negou estar dirigindo em alta velocidade.
Além dele, algumas vítimas, que receberam alta do hospital, já foram ouvidas. Outras oitivas ainda serão realizadas.
“Pelo que temos até agora, estamos trabalhando com homicídio culposo (sem intenção de matar), mas se a perícia nos der um elemento para empregar dolo (intenção de matar) a gente vai empregar. Ainda não é possível dizer se ele assumiu o risco de matar. Ele vai responder o processo em liberdade. A grande maioria dos jovens estava dormindo no momento do acidente. Eles relataram que o motorista estava imprimindo uma velocidade um pouco elevada, principalmente nas curvas — revelou o delegado responsável pelas investigações, Marcos Vignolo Alves, da 28ª DP (Além-Paraíba), segundo o “Extra”.
Um inquérito foi instaurado para apurar o acidente. O resultado dos laudos periciais são aguardados.
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