Uma menina de apenas dois anos foi levada a um hospital de São Paulo com sintomas de gripe, mas deixou o local com paralisia cerebral. Quem denuncia o caso é a mãe da criança, a servidora Eliana Carvalho, de 34 anos.
Segundo ela, a complicação aconteceu por um erro médico no Hospital Sepaco depois de uma intubação malsucedida. Todos os detalhes da história foram publicados pelo “UOL”.
Eliana contou que Beatriz nasceu com laringomalácia, uma flacidez na laringe. O Sepaco, por sua vez, afirma que a intubação de bebês com essa condição “torna o cenário bem mais complexo e com maiores riscos”.
A internação
Beatriz foi diagnosticado em dezembro com bronquiolite. A criança ficou em observação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por três dias, respirando com o auxílio de aparelho.
O CPAP nasal, um aparelho utilizado no auxílio à respiração, havia sido regulado com pressão 17. Ao chegar para o plantão da madrugada, porém, a médica aumentou a pressão para 35, causando desconforto na criança, segundo Eliana.
Ao alertar a médica sobre a flacidez na laringe da criança, o pai teria ouvido: “Quem sabe da conduta sou eu. Se ela não está bem, vou intubar”.
Ele, mais tarde, ligou para Eliana e passou o telefone à médica, que disse que Beatriz havia “parado por 27 minutos” e que havia “feito tudo o que podia”. A menina saiu do hospital com “encefalopatia crônica não evolutiva”.
Justiça
Em liminar, a Justiça decidiu que a Central Nacional Unimed deveria bancar o tratamento domiciliar da criança. O plano de saúde, porém, recorreu da decisão.
O juiz Cláudio Salvetti D’Angelo escreveu que Beatriz “vem sofrendo com a negligência” da Unimed. O magistrado apontou uma “recusa injustificada” para fornecer o home care à menina”.
A Unimed afirma que “não houve negativa para qualquer atendimento designado pelo plano terapêutico”. Informa também, em nota, “que não comenta decisões judiciais”.
Ainda segundo a Unimed, o plano “vem cumprindo a decisão nos exatos termos como proferido pelo Poder Judiciário” e “reafirma que o respeito e o cuidado com os beneficiários são a base de suas relações”.
Outra ação judicial mira uma indenização do Hospital Sepaco, que, por sua vez, diz ser referência em maternidade e pediatria, “com corpo clínico com sólida formação profissional”.
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