A paciente segue internada em Anápolis, Goiás. Os médicos acreditam que o condimento foi o gatilho para uma crise grave de asma, que a fez ter falta de oxigenação no cérebro, levando a danos irreversíveis.
Segundo Matheus, Thais mexe os braços, pernas e boca, e está abrindo os olhos. “Ela entende quem está falando com ela porque eu perguntei para ela se estava entendendo e pedi para mexer com os olhos e ela mexeu”, disse o rapaz, segundo o “UOL”.
Bronquite desde a gravidez
A mãe da jovem, Adriana Medeiros, havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida. “A Thais contraiu asma e bronquite no final da gravidez dela, desde então, eu venho lutando com ela. Ela tem alergia a muita coisa, só que a gente ainda não sabia. A gente ia começar um tratamento com ela no Hospital das Clínicas em Goiânia, mas, por motivo financeiro, não conseguimos continuar. Ela disse: - não, mãe, depois a gente faz”, contou ao “G1″.
Segundo Adriana, por conta das crises frequentes, a filha já tinha ficado internada cinco dias com uma bactéria no pulmão. Ela se recuperou, mas era comum ter sintomas como falta de ar, tosse e corpo empolado. Apesar disso, ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
Relembre o caso
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por 20 dias.
Médico alergista da Santa Casa, Lany Noleto explicou que a jovem já tinha uma doença inflamatória, a asma, em que a crise pode ser provocada por um motivo “irritante”.
O médico Rubens Dias, que cuidou de Thais na UTI, por sua vez, explicou o que aconteceu para que a jovem sofresse danos neurológicos irreversíveis. “O que ela teve foi um período que o cérebro não tem oxigenação devida, porque o coração não estava bombeando sangue para o corpo. E ele gera uma lesão que é irreversível e tem um potencial de gravidade muito grande”, contou.
“Em relação à questão do prognóstico neurológico dela, a gente espera uma lesão neurológica grave. (...) O cérebro ainda pode ter alguma recuperação, mas a gente acredita que voltar às atividades habituais dela, as atividades normais, isso, infelizmente, não”, explicou o profissional em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo.
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