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Daniel Alves é constantemente xingado de ‘estuprador’ dentro da cadeia, diz ex-detento

Jogador está preso desde janeiro após ser acusado de estuprar jovem em boate; ele diz que foi consensual

O jogador Daniel Alves, que está preso há mais de três meses acusado de estupro, na Espanha, é constantemente xingado de “estuprador” pelos outros detentos. A revelação foi feita por um ex-presidiário do Brians II, onde o brasileiro está detido, em entrevista a uma rádio espanhola. O homem também afirmou que o atleta está “magro e abatido”, mas que goza de alguns privilégios, como assistir TV e fazer atividades em um centro esportivo.

“Tem gente mal-educada no refeitório, onde todo mundo está comendo, e batem no vidro [gritando]: ‘Seu viado! Estuprador!’”, relatou o ex-detento, segundo reportagem do jornal “O Globo”.

O ex-colega de prisão também afirmou que o brasileiro é reservado e, nas poucas vezes que conversou com outros presos, alegou que é inocente e que a relação mantida com a jovem, em uma boate, foi consensual.

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“Foi tudo consentido. [foi] Uma noite de festa”, disse o ex-presidiário sobre o que ouviu de Daniel Alves.

Apesar de ter alguns privilégios, o brasileiro não recebe um cardápio diferenciado. Além disso, segundo o ex-detento, ele costuma se distrair jogando bola com outros presidiários.

“Ele não sai. Ele só sai para o centro esportivo quando joga contra outro módulo. Se não, ele fica lá no módulo ou senta lá na enfermaria, onde a TV está ligada, para ver TV”, disse.

‘Atração sexual mútua’

Dani Alves voltou se encontrar com o juiz que cuida do seu caso recentemente, a pedido de sua defesa, para apresentar sua última versão sobre a acusação de estupro.

A nova declaração não durou mais de trinta minutos e ele disse que realmente manteve relação sexual com a mulher que o acusa, mas foram “consentidas por ambas as partes” e que as versões que ele deu anteriormente foram feitas porque ele se preocupava com o que sua ex-mulher, Joana Sanz, pensaria dele.

Segundo o jogador, houve uma “atração sexual mútua” e que enquanto dançavam ele propôs a ela que fossem juntos ao banheiro, onde ela praticou “felação” e em seguida fizeram “penetração vaginal”, ejaculando fora do corpo da jovem.

Segundo ele, a jovem ficou irritada quando ele propôs que ambos deveriam sair separados e por ele não dar mais bola para ela fora do banheiro, o que segundo ele ocorreu porque não a viu novamente.

A procuradora que participou da audiência questionou o acusado sobre como ele justificava, então, a lesão que a mulher apresentava no joelho, e Dani respondeu que ela se machucou por conta da posição que ficou enquanto praticava sexo oral nele.

A acusação de estupro

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O jogador brasileiro é acusado por uma jovem de 23 anos por agressão sexual dentro do banheiro de uma boate em Barcelona. A garota declarou que estava com amigas e que elas foram convidadas a subir à zona VIP por um grupo de garotos mexicanos. Um garçom, então, as convidou para sentar na mesa de Daniel Alves e um acompanhante. Elas se recusaram no início, mas “o cliente insistiu, e o garçom destacou que se tratava de um ‘amigo’”.

Finalmente, as moças aceitaram se sentar à mesa. Depois de um tempo conversando, contou a vítima, Daniel Alves “começou a ‘fazer o bobo’ com as três, enganchando-se muito e tocando-as”. Além disso, em várias ocasiões, “pegou-lhe com força a mão e Alves e colocou-a em seu pênis”, enquanto ela tentava evitá-lo. Mais tarde, o brasileiro lhe apontou uma porta e obrigou-a a segui-lo e a entrar”.

A vítima denunciou que, já no banheiro, “Alves a obrigou a sentar-se em cima dele, a atirou ao chão, a obrigou a praticar sexo oral, a que ela resistiu ativamente, a esbofeteou, a levantou do chão e a penetrou até ejacular”.

Quando foi prestar depoimento na delegacia de Barcelona sobre a acusação de estupro, Daniel Alves negou conhecer a vítima. Porém, quando confrontado pela juíza sobre uma tatuagem íntima que ele tem entre o abdômen e a virilha, descrita pela vítima, ele confessou ter tido relações com ela, mas de forma consentida.

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Pesam contra ele ainda imagens das câmeras internas da boate, que mostram que ele ficou cerca de 15 minutos no banheiro com a vítima e declarações de outra mulher que disse ter sido assediada e “tocada” nas partes íntimas pelo jogador naquela mesma noite. Os exames médicos feitos na mulher que o denunciou também confirmam o estupro.

Assim, o brasileiro foi preso no dia 20 de janeiro deste ano e permanece à disposição da Justiça espanhola.

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