Uma paralisação conjunta entre funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp foi iniciada às 0h desta terça-feira (3), em São Paulo. Os servidores protestam contra as concessões e privatizações feitas pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com isso, algumas estações amanheceram fechadas e, para tentar minimizar os transtornos, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos. Além disso, o governo decretou ponto facultativo em escolas e nas unidades de saúde.
Estações das linhas da CPTM 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade estão fechadas. Funcionam, parcialmente, as linhas 7- Rubi (de Caieiras a Luz) e 11-Coral (de Guaianases a Luz). Apenas as linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda funcionam normalmente, já que são privatizadas.
A SPTrans destacou que a frota de ônibus da Capital funciona com 100% da operação, sem transtornos aos passageiros.
🚨 AGORA: confira o funcionamento das linhas de transporte sobre trilhos da capital e mais informações a respeito da paralisação. pic.twitter.com/5tlMzgH1D8
— Governo de S. Paulo (@governosp) October 3, 2023
Confira abaixo a situação das linhas do Metrô e CPTM:
Metrô
- Linha 1-Azul: fechada
- Linha 2-Verde: fechada
- Linha 3-Vermelha: fechada
- Linha 15-Prata: fechada
- Linha 4-Amarela: Aberta
- Linha 5-Lilás: Aberta
CPTM
- Linha 7-Rubi: em operação de Caieiras até a Luz
- Linha 10-Turquesa: fechada
- Linha 11-Coral: em operação de Guaianases até a Luz
- Linha 12-Safira: fechada
- Linha 13-Jade: fechada
- Linha 8-Diamante: Aberta
- Linha 9-Esmeralda: Aberta
Seguem em funcionamento as integrações da linha 7-Rubi, na Estação Barra Funda com a Linha 8-Diamante, e na Linha 11-Coral e 7-Rubi na Estação Luz com a Linha 4-Amarela. Já as transferências com a Linha 3-Vermelha, na Barra Funda, e com a Linha 1 Azul, na Luz, amanheceram fechadas.
Já a Sabesp destacou que, apesar da paralisação, o fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto continuam normais nesta terça-feira.
A Sabesp Informa que o fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos operam normalmente nesta terça-feira, 3/10.
— Sabesp (@sabesp) October 3, 2023
Todos os esforços são feitos para garantia dos serviços essenciais e atendimento à população do Estado de São Paulo. pic.twitter.com/4BtNo34L9y
Medidas para minimizar os transtornos
Diante da paralisação do transporte em toda a cidade, a Prefeitura de São Paulo anunciou a suspensão do rodízio municipal de veículos nesta terça-feira. Com isso, carros com placa final 3 e 4 poderão circular normalmente pelo Centro Expandido de São Paulo nos horários proibidos (entre 7h e 10h e 17h e 20h).
Antecipando-se à paralisação, o governo estadual também decretou ponto facultativo nesta terça-feira em escolas e unidades de saúde como forma de “reduzir os prejuízos à população”, garantindo que todos os serviços agendados para este dia poderão ser remarcados.
O ponto facultativo também será estendido ao funcionamento da Assembleia Legislativa do estado e ao Judiciário.
Reivindicações
As categorias protestam contra o plano de privatizações de linhas do Metrô, CPTM e da Sabesp, uma das principais promessas de campanha do governador Tarcísio de Freitas.
Após o anúncio da paralisação, o governo estadual classificou a greve como “política” e conseguiu na Justiça que 100% dos serviços do metrô e da CPTM estejam em funcionamento em horário de pico sob pena de multas diárias, mas o sindicato dos metroviários classificou a liminar de “ataque ao direito constitucional de greve” e prometeu recorrer da decisão.
“O programa estadual de parcerias, concessões e desestatizações visa a melhoria na prestação dos serviços públicos aos cidadãos e está totalmente amparado pelas leis brasileiras. Assim, ao chantagear a população com greves ilegais, os sindicatos atentam não só contra a legislação vigente, mas também à ordem pública e ao aprimoramento das políticas públicas. (...) Os servidores da Sabesp, do Metrô e da CPTM merecem líderes sindicais que priorizem o respeito à legalidade e o atendimento à população”, informou o governo, em nota.
A Justiça também determinou que o Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto e Meio Ambiente mantenha 85% dos servidores em serviços essenciais, em atividade, durante todo o dia.