A Polícia Civil de São Paulo indiciou o pai do garoto de 16 anos que atirou contra colegas dentro da Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, no último dia 23. Uma jovem morreu e outros três alunos ficaram feridos no ataque. O atirador usou uma arma do pai, que agora poderá responder por posse irregular e omissão de cautela, já que não impediu o acesso do menor ao revólver.
O indiciamento foi encaminhado à Justiça, que vai definir se o pai será ou não julgado no caso. Em entrevista à TV Globo, o advogado de defesa do homem disse que a arma era regular e negou que ele tenha sido omisso, já que o equipamento estava escondido dentro da cama, em um fundo falso.
Ao ser apreendido, o adolescente contou que encontrou a arma na casa do pai, dentro de um colchão, e que as balas estavam em uma caixa. Assim, ele carregou o revólver e levou para a casa em que mora com a mãe. Depois, seguiu até a escola e cometeu o ataque sozinho.
No entanto, a polícia investiga se ele tinha alguma ligação com um grupo criminoso, pois ele teria comentado em uma rede social que cometeria o ataque. Além disso, os investigadores apuram se o rapaz foi incentivado por alguém a promover o tiroteio.
O estudante tinha registrado um boletim de ocorrência, no dia 24 de abril deste ano, quando alegou que era vítima de agressões e ameaças de outros alunos na escola.
O ataque
O ataque aconteceu por volta das 7h30 da última segunda-feira (23) na Rua Senador Lino Coelho. Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um adolescente de 16 anos, que cursa o 1º ano do Ensino Médio na instituição, entrou armado na escola e atirou contra os colegas.
Giovanna Bezerra Silva, de 17 anos, foi ferida na cabeça e não resistiu. Além dela, outras duas alunas foram baleadas de raspão e um terceiro feriu a mão enquanto tentava fugir dos tiros. Os feridos receberam atendimento médico e estão fora de perigo.
Em nota divulgada após o caso, o governo paulista informou que “lamenta profundamente e se solidariza com as famílias das vítimas do ataque ocorrido na Escola Estadual Sapopemba. Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares.”
Em entrevista coletiva no dia 23, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Educação, Renato Feder, disseram que as aulas na escola ficariam suspensas por 10 dias. Além disso, prometeram enviar mais psicólogos para fazer atendimentos nas unidades de ensino do estado.
Porém, os estudantes dizem que “não se sentem seguros” para voltar ao presencial e fazem um abaixo-assinado virtual pedindo que o ano letivo seja concluído de forma online.
LEIA TAMBÉM: