O longa “A Menina que Matou os Pais - A Confissão” estreou no Amazon Prime Video nesta sexta-feira (27) e conta a história de Suzane Richthofen, que foi condenada por matar os próprios pais, Marísia von Richthofen e Manfred Albert. O filme, baseado em fatos reais, promete completar a narrativa apresentada nas duas produções anteriores. O roteirista Raphael Montes revelou o quanto a ex-presidiária e os irmãos Cravinhos ganharam pelo longa (veja abaixo).
Em postagem em seu Instagram, Raphael explicou qual a ligação de Suzane e dos irmãos Cravinhos com o filme e citou outras curiosidades do longa.
“Não houve contato entre a produção e Suzane Von Richthofen, Daniel e Cristian Cravinhos nem seus familiares. Os envolvidos no caso não fazem parte nem contribuem para o filme”, escreveu ele.
O roteirista também contou que o filme teve como base o processo judicial. “O filme é uma adaptação de uma história real baseada exclusivamente nos depoimentos transcritos nos autos do processo. Esses autos são públicos”, esclareceu.
Por fim, Raphael negou que as obras romantizem as mortes ou enalteça os assassinos. “A interpretação dos fatos e das versões é facultada ao público. Os filmes não apontam inocentes ou culpados, tampouco romantizam ou enaltecem os assassinatos. “Não há verba pública na produção: Os filmes são produções feitas com investimento privado. Não há nenhum uso de verba pública em suas realizações”, concluiu ele.
Morte do casal Richthofen
Segundo a Justiça, Suzane Richthofen planejou a morte dos próprios pais e teve a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos, para a execução do casal. O crime ocorreu no dia 31 de outubro de 2022.
Logo depois do início das investigações, a jovem foi presa. Em 2006, ela foi julgada e condenada a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado. No entanto, entrou com vários pedidos de revisão e conseguiu reduzir o tempo para 34 anos e 4 meses de prisão. A previsão é que ela, que está em regime aberto desde o início deste ano, cumpra a sentença no dia 25 de fevereiro de 2038.
A primeira vez que Suzane deixou a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo, foi em março de 2016, depois de conquistar o regime semiaberto e ter direito a uma saída temporária de Páscoa. Em setembro do ano passado ela obteve mais uma “saidinha temporária”, quando chamou a atenção por conta da aparência. Bem vestida, ela virou alvo de várias publicações nas redes sociais.
Ela tentava obter a progressão desde 2017 para o regime aberto, mas até então todos os pedidos tinham sido negados. No início deste ano ela finalmente conseguiu o benefício.
No novo regime de liberdade, Suzane tem que seguir algumas regras. Durante o dia, pode sair e até trabalhar, mas à noite tem que se recolher em uma casa de albergado, determinada pela Justiça. Caso ela decida mudar de endereço novamente, terá que antes obter autorização do Poder Judiciário.
Nova vida no interior
Depois que saiu da prisão, Suzane passou a morar em Angatuba, também no interior de São Paulo. Além de cursar biomedicina em uma faculdade particular, ela também prestou o concurso público da Câmara Municipal de Avaré, visando uma vaga como telefonista.
Além disso, se tornou uma empreendedora. Ela abriu um cadastro de Microempreendedor Individual (MEI) no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) de Angatuba como dona de um ateliê de costura.
Chamado “Su Entre Linhas”, a página do comércio no Instagram já acumula quase 30 mil seguidores. Ela não tem loja física, apenas comercializa as peças pela internet e tem clientes até no exterior.
Agora, segundo revelações do jornalista Ulisses Campbell, ela está grávida de uma menina e já mora com o namorado, Felipe Zecchini Muniz, em Bragança Paulista. O namorado dela, inclusive, já enfrenta problemas por conta do relacionamento. Além de perder o cargo de chefia em um hospital, a família dele não teria aceitado muito bem o namoro.
Pai de três filhos, frutos de um relacionamento anterior, o homem tem que lidar com a resistência da ex-companheira, que não quer que “as crianças convivam com uma mulher que matou os pais na calada da noite”.
Os pais do médico também não estariam felizes com o relacionamento dos dois, ainda mais pelo fato dele ter tido problemas profissionais. Campbell revelou, ainda, que os moradores do condomínio de Muniz perceberam a presença da jovem condenada com estranheza.
“A assassina tem chocado a pacata população local ao fazer caminhadas matinais na calçada do lago Taboão, um ponto turístico do município”, ressaltou o jornalista.
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