“Gente tomem cuidado com os golpes, infelizmente as pessoas de má índole esta usando a imagem da Thais para aplicar golpes na Internet. Fiquem atentos, não temos nenhum tipo de relação com esse tipo de negócio e muito menos com esse tipo de pessoas”, escreveu Adriana.
Nos comentários, os seguidores lamentaram a situação. “Que falta de amor, aplicando golpe na dor do outro...Que mundo estamos vivendo”, escreveu uma internauta. “Falta de respeito com a família, estão passando uma barra vem esses sem caráter usar a imagem da Thais para tirar proveito. Tem que denunciar para que as autoridades tomem as devidas providências”, ressaltou mais um.
Procurado pela reportagem, o Atacadão lamentou o caso e ressaltou que os comunicados da rede atacadista são divulgados por meio dos canais oficiais da empresa.
“Lamentamos a associação da imagem da jovem a um processo seletivo inexistente. Reforçamos que todos os comunicados do Atacadão são divulgados por meio de nossas redes sociais”, diz a nota.
Ataques de ódio
Recentemente, a mãe de Thais compartilhou uma mensagem de ódio que recebeu contra a filha. Um perfil falso fez sérias acusações contra a trancista, dizendo que ela era usuária de drogas.
“Só o povo careta igual a vocês não imaginavam que sua filhinha cheirava cocaína e que acreditam que isso aconteceu por conta dela ter cheirado pimenta”, dizia a mensagem.
Revoltada, a mãe de Thais disse que vai entrar com uma ação criminal para descobrir de quem é a página para processá-lo por injúria e difamação. “É incrível como uma pessoa sem caráter se esconde atrás de um perfil falso para querer difamar uma pessoa que está sem condição de se defender”, lamentou ela.
Reação à pimenta
Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.
Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.
A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.
UTI domiciliar
A primeira alta de Thais, após cinco meses de internação, ocorreu último dia 31 de julho. Na ocasião, ela foi levada para a casa da família, onde foi montada uma UTI domiciliar com ajuda de uma vaquinha virtual.
No entanto, quatro dias depois, a jovem voltou às pressas ao Crer, pois apresentava febre e urina vermelha. Além disso, segundo relatou a mãe, ela sofreu um broncoespasmo, que reduz o ar que chega aos pulmões por causa de uma contração do músculo liso dos brônquios.
Thais também ainda apresentava a infecção óssea e seguia sem respostas neurológicas. Apesar das dificuldades no quadro de saúde da filha, Adriana sempre se manteve otimista. “Mais uma vez, a Thais guerreira, é muito forte. Com certeza Deus tem um propósito pra gente (...) Obrigada a todos pelo cuidado, pelas orações, e estamos aí na batalha”, disse ela, na ocasião.
No dia 14 de agosto, a jovem foi transferida da UTI para a enfermaria do Crer, onde continuava em tratamento contra uma infecção óssea.
A trancista completou 26 anos no último dia 7 de setembro. Um dia antes ela deixou o hospital e pôde celebrar o aniversário ao lado da família. Desde então, segue na UTI domiciliar e agora também faz um tratamento neurológico chamado neuromodulação.
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