Muitos no Planalto negam que mudanças estejam sendo preparadas no primeiro escalão do governo Lula. Mas, nos bastidores, é dada como certa uma dança de cadeiras no princípio de 2025.
Uma das principais alterações aconteceria no Ministério da Defesa. José Múcio, amigo de longa data do presidente, estaria no cargo mais por lealdade a Lula do que por vontade.
Apesar da excelente relação que tem com as Forças Armadas, ele estaria cansado com os recentes incêndios que teve que apagar, como uma trama golpista em 2022, recentemente descoberta, os cortes no orçamento militar e a recente prisão, no sábado (14), do general quatro estrelas, o primeiro da história, Walter Braga Netto.
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Para seu lugar, é dado como certo o nome do vice-presidente Geraldo Alckmin. Sereno, equilibrado, de pulso firme e com uma relação de extrema lealdade com o presidente, ele deixaria o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
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Ao ser deslocado para a Defesa, Alckmin deixaria a vaga para o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que deve ser incorporado ao governo neste ou em outro cargo na reforma ministerial.
Lula (PT) vem intensificando os diálogos sobre alterações em seu governo. Uma das mudanças consideradas certas é na Secretaria de Comunicação (Secom). Segundo se comenta, Lula já convidou o publicitário Sidônio Palmeira para comandar a pasta no lugar do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
A ideia inicial de Lula era a de que Pimenta retornasse ao Congresso Nacional para ser líder do governo. O presidente gosta dele e o considera combativo e preparado para um embate legislativo que se mostra cada vez mais duro para a sua administração.
A área política seria reforçada com o deslocamento do atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa (Republicanos-PE), para a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha (PT-SP), que iria para a Secretaria-Geral no lugar de Márcio Macedo, ou então para o ministério da Saúde no lugar da ministra Nisia Trindade. Ele já comandou a pasta.
Há, no entanto, pedras no caminho. Paulo Pimenta teria sinalizado que deseja permanecer no governo. Neste caso, ele poderia ir para a Secretaria-Geral. O problema é que Lula gosta de Márcio Macedo, que foi tesoureiro de sua campanha em 2022. E teria dificuldade em não deslocá-lo para outro cargo. Mas não há muitos disponíveis no atual contexto político.
O problema é que Macedo gostaria de ficar onde está. Diz que tem “muitos inimigos”, especialmente por ser de for do “eixo Sul-Sudeste”. Ele é de Sergipe.