A influenciadora digital Emmanuely Silva Resende, mais conhecida como Emma Spinner, de 31 anos, foi presa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-262, em Betim, em Minas Gerais, após um alerta da Interpol, a polícia internacional. A mineira de Divinópolis, que vivia com um visto temporário nos Estados Unidos, é investigada por 40 crimes digitais, entre eles extorsão, calúnia, ameaça, perseguição, injúria racial e racismo.
As investigações contra a influencer começaram em junho deste ano e apontaram mais de 30 vítimas e 21 boletins de ocorrência registrados. Emma foi indiciada por mais de 50 crimes, mas apenas 40 foram acatados pelo Ministério Público.
Ela estava nos EUA, mas voltou para Minas Gerais no último dia 13 de dezembro. Conforme a polícia, ela usava pelo menos sete perfis em redes sociais para extorquir, caluniar, injuriar e perseguir pessoas com ameaças e e práticas racistas, sobretudo o racismo religioso.
Emma é acusada de exigir dinheiro de algumas vítimas em troca do fim das ofensas e acusações falsas. Mesmo ao ter perfis excluídos, ela voltava a criar novas contas e continuava com as extorsões.
Em setembro deste ano, ela foi indiciada pelos 40 crimes. Na ocasião, um pedido de prisão preventiva contra ela também foi solicitado, mas ela não foi detida.
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Lista vermelha da Interpol
Em novembro passado, a Polícia Civil de Minas Gerais solicitou um alerta vermelho à Interpol para impedir a fuga da influencer. Esse mecanismo garantiria sua prisão em qualquer país. Assim, após ela entrar na lista vermelha, acabou sendo presa pela PRF na última segunda-feira (16).
Após ser presa, a influencer, que tem histórico de problemas psiquiátricos, foi levada para a Polícia Judiciária de Betim para os trâmites legais. A defesa dela não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.
A polícia investiga agora possíveis cúmplices que teriam fornecido informações utilizadas por Emma para ofensas e extorsões. “As redes sociais não são terra sem lei. É possível identificar e responsabilizar quem pratica crimes, mesmo utilizando perfis falsos”, destacou o delegado Wesley Amaral, responsável pelas investigações.