Mais de 1,5 mil pessoas que participaram dos atos do 8 de janeiro em Brasília viraram réus. Incentivadores e financiadores ainda são investigados. Destes, quase 400 foram condenados, sendo 70 de forma definitiva. As penas variam de 3 a 17 anos de prisão. A maioria condenada é acusada de tentar a abolir o estado democrático de direito, golpe de estado e incitação ao crime.
Por enquanto, cinco citados foram absolvidos: um ambulante e quatro homens em situação de rua. Todos, segundo a Procuradoria-Geral da República estavam “em condição de vulnerabilidade social”.
De acordo com a Polícia Federal, entre os incentivadores dos atos, estão: ex-ministro de Jair Bolsonaro, general Walter Braga Netto, que segue preso; ex-chefe do GSI, General Augusto Heleno; o então ajudante de ordens do ex-presidente, coronel Mauro Cid; general Mário Fernandes; e o tenente coronel Rodrigo de Azevedo, que também estão presos.
Um morador de Londrina e dois empresários paranaenses seriam financiadores dos atos. Um novo relatório deve ser divulgado nos próximos dias.
No total, os atos de 8/1 renderam prejuízos de mais de R$ 26 milhões aos cofres públicos. O que restou do quebra-quebra no Supremo Tribunal Federal foi transformado em arte nas mãos de quatro artistas. Em um dos casos, uma obra foi feita com cacos de vidro e pedaços de mármore arrancados da fachada do prédio.