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Policial grávida foi ‘assassinada pelo Talibã na frente de seus filhos’

Parentes de Banu Negar, policial que trabalhava em uma prisão local, dizem que ela foi morta por militantes do Talibã na frente de familiares.

Parentes de Banu Negar, policial que trabalhava em uma prisão local, alegaram que ela foi morta por militantes do Talibã. Os militantes teriam atacado a mulher enquanto realizavam execuções de porta em porta na região de Firozkoh, capital da província central de Ghor. A policial estava grávida de oito meses.

Segundo reportagem do The Mirror, os parentes da policial teriam fornecido à BBC evidências gráficas do ocorrido com a mulher. Parentes alegaram que três homens armados apareceram na casa no sábado e revistaram a residência antes de amarrar membros da família de Banu.

Fontes afirmaram que a mulher foi espancada e morta em frente a sua família. O Talibã negou a responsabilidade pela morte, mas as alegações de atrocidades cometidas pelos militantes do grupo extremista aumentaram significativamente.

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O grupo afirmou ter mudado sua política radical, dizendo não oprimir ou realizar represálias contra mulheres.

A policial foi morta mesmo após declarações de que o Talibã não realizaria represálias contra as mulheres

Durante o governo Talibã, durante os anos 1990, a educação das mulheres foi proibida. Após a queda do grupo extremista com a invasão norte-americana as mulheres conquistaram direitos à educação e ao trabalho. Com o retorno do Talibã ao poder, as mulheres temem que as antigas leis retornem.

O grupo extremista afirma que permitirá que as mulheres tenham empregos e recebam educação, mas tudo conforme sua interpretação da lei islâmica. No entanto, poucos dias após a retomada do poder, surgiram alegações de que as mulheres estavam sendo rejeitadas nos locais de trabalho e nas universidades em algumas partes do país.

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Muitas mulheres vestiram burcas e tentaram fugir com medo do governo do Talibã. Apesar das promessas oficiais, grupos de direitos humanos alegaram que militantes do grupo extremista estão realizando assassinatos por vingança, detenções e perseguição de minorias religiosas.

O porta-voz do Talibã,  Zabiullah Mujaheed, se pronunciou quanto ao caso da policial: “Estamos cientes do incidente e confirmo que o Talibã não a matou, nossa investigação está em andamento”.

Segundo ele, o grupo anunciou uma anistia para pessoas que trabalharam para o governo anterior. Ele também descreveu o assassinato de Banu como sendo fruto de uma “inimizade pessoal ou outra coisa”.

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