Uma mulher de 29 anos desabafou no Reddit nesta quarta-feira (20) sobre constrangimento que enfrentou no jantar de Páscoa na casa da sogra. Ela possui uma filha de 6 anos, fruto de outro relacionamento. Na refeição estavam outras crianças e convidados, além da sogra, filha e marido.
“Minha filha nasceu surda e se comunica via [linguagem de sinais]. Sou fluente, tendo aprendido ao lado dela. Meu marido, que não fluente, está chegando lá, pois ele quer se comunicar com ela completamente e ajudar a ensinar qualquer criança que tenhamos juntos a se comunicar com sua irmã mais velha”, escreveu a moça.
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Ao ir a um jantar de Páscoa na casa dos pais do esposo, a mulher levou sua filha. Segundo ela, todas as crianças presentes ficaram felizes com os presentes e as brincadeiras que aconteceram entre elas. O problema ocorreu no meio do jantar.
Constrangimento no jantar
De acordo com o relato, a criança conversava com a mãe e o padrasto em língua de sinais e isso fez com que ela comesse mais devagar em relação aos outros.
“Minha sogra pediu para dizer a ela para não falar em sinais na mesa de jantar, pois a comida iria esfriar, além de dar um mau exemplo e distrair as outras crianças”, contou.
Após a fala de sua sogra, a mulher ficou com raiva e rebateu a mãe de seu marido, dizendo que sua filha se comunicava desta forma e jamais diria para ela se calar.
“Isso me irritou e me fez pensar em pessoas que tentaram fazer minha filha jogar o jogo das “mãos quietas”... também conhecido como não se comunicar. Eu disse à minha sogra que a única maneira de ela pedir isso à minha filha é se ela dissesse a todos para não falarem nada”, desabafou ela.
Segundo a moça, ela, sua filha e seu marido deixaram o jantar um pouco mais cedo por conta do episódio de constrangimento. O homem apoiou sua mulher e tentou amenizar a situação, dizendo que a intenção de sua mãe não era magoá-la.
“Eu me recusei a falar com minha sogra desde aquele jantar e não vou até que ela peça desculpas. Meu marido acha que estou sendo um pouco dura demais e eu preciso ser a pessoa a falar com um ramo de oliveira sobre esse assunto”, escreveu a moça.
“Mas eu não posso deixar de sentir que se minha filha fosse sua neta biológica e surda, ela não teria dito algo tão insensível ou insinuado que era uma distração e um mau exemplo. Eu não sei, talvez eu seja muito defensiva porque é minha filha e eu sou protetora”, concluiu.