A recuperação económica mundial, depois do duríssimo golpe da pandemia de covid-19, é acompanhada de decisões incómodas no mundo empresarial. Algumas empresas voltam à atividade 100% presencial para eliminar o trabalho remoto, e outras corporações, como a Meta de Mark Zuckerberg, consideram iniciar uma campanha de demissões em massa devido ao mau desempenho em seus cargos.
Esses tipos de demissões têm um tom diferente dos anos anteriores, em que buscaram reduzir o número de folhas de pagamento das empresas digitais. Neste caso, segundo fontes da Bloomberg, a ideia é despedir aqueles que não cumprem os objetivos e contratar o mesmo número de trabalhadores que alcancem o desempenho que lhes é exigido.
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Uma análise de Xataka relata que Zuckerberg quer se livrar de aproximadamente 5% dos trabalhadores que não estão fazendo seu trabalho, o que em Meta seria cerca de 3.500 pessoas.
“Decidi ser mais exigente na avaliação de desempenho e acelerar o despedimento de colaboradores com baixo desempenho”, afirmou o CEO da Meta, num comunicado interno da empresa.
Meta: demissões começam agora
O relatório da Bloomberg indica que os telegramas de demissão começam no dia 10 de fevereiro, ou seja, daqui a pouco mais de três semanas, para escritórios localizados nos Estados Unidos. Os funcionários da América Latina, Europa, África e Ásia receberão as más notícias algum tempo depois.
Prometeram “compensação generosa” às pessoas afetadas pelas decisões.
Zuck e as mudanças em suas redes sociais
Nas últimas semanas, Mark Zuckerberg surpreendeu o mundo ao publicar um vídeo nas suas redes sociais onde anunciava a mudança para o Meta, onde flexibiliza as suas políticas de moderação de conteúdos, função que agora dependeria dos utilizadores.
Como resultado, inúmeras opiniões foram geradas. A medida, que nas suas palavras procura promover a liberdade de expressão, foi recebida com cepticismo por muitos utilizadores, que temem um aumento da desinformação e do discurso de ódio.
As consequências desta mudança de rumo estão a ser sentidas de forma tangível. Segundo dados do Google Trends, as pesquisas relacionadas à exclusão de contas no Facebook, Instagram e Threads dispararam nos últimos dias.
Termos como “como excluir o Facebook permanentemente” ou “alternativas ao Facebook” atingiram níveis recordes de popularidade, evidenciando a preocupação crescente entre os usuários.