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Suspeito de ser serial killer confessa a morte de mais uma adolescente, em Goiânia

Menor estava desaparecida há três anos; ajudante de pedreiro já tinha matado outra garota

O ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, que foi preso após confessar a morte da menina Luana Alves, de 12 anos, em Goiânia, Goiás, acabou confirmando à polícia que também assassinou a adolescente Thaís Lara da Silva, de 13, que estava desaparecida há três anos. Foram realizadas buscas na casa em que ele morava no bairro Madre Germana II nesta quarta-feira (11) e um corpo foi encontrado. Ele será submetido a exames para comprovar se é, de fato, a menor.

Reidimar foi preso em novembro passado, quando a polícia investigava o desaparecimento de Luana Alves, depois que ela saiu de casa para ir até uma padaria (veja mais detalhes abaixo). Na ocasião, ele confessou o crime, deu detalhes sobre o que fez com a vítima e ainda indicou que tinha enterrado o corpo dela no quintal de casa.

Depois disso, a Polícia Civil suspeitava que o ajudante de pedreiro podia ser um serial killer, já que tinham outros casos de menores desaparecidas na região com características parecidas ao de Luana.

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Entre esses casos estava o sumiço de Thaís, que saiu de casa também no bairro Madre Germana II para ir à feira, em 2019, e nunca mais foi vista. Na ocasião, não foram encontradas imagens de câmeras de segurança que pudessem ajudar a esclarecer o caso e, desde então, ele era apurado, mas sem pistas do que tinha acontecido com a menina.

Por conta da semelhanças, o caso de Thaís foi reaberto e Reidimar questionado sobre a autoria da morte dela. Incialmente ele negou, mas confirmou que conhecia a menina e que eles moravam na mesma rua, mas negou o crime. Tudo mudou nesta quarta-feira, quando um corpo foi encontrado na casa em que o ajudante de pedreiro morava.

Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o homem foi novamente questionado e acabou confessando ter matado Thaís. Antes disso, ele pediu uma Bíblia aos policiais.

Agora, o corpo encontrado passará por exames para comprovar a identidade. As investigações continuam sob sigilo, por envolver menores de idade.

A defesa de Reidmar não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Morte de Luana Alves

Luana estava desaparecida desde o último dia 27 de novembro de 2022, quando saiu de casa no Setor Madre Germana II para ir até uma padaria. Câmeras de segurança de imóveis do bairro chegaram a registrar a movimentação da estudante pelas ruas carregando uma sacola. No entanto, a menina não voltou mais para casa e os familiares procuraram a polícia para denunciar o sumiço dela.

O caso passou a ser investigado e os policiais encontraram imagens que mostraram um carro passando na rua no mesmo momento em que a garota. Por meio da placa, o veículo foi localizado e passou por uma perícia, mas Luana seguia desaparecida. No entanto, a investigação chegou até Reidimar, que logo confessou o crime.

Conforme a polícia, o ajudante de pedreiro contou que avistou a menina andando sozinha e a convenceu a entrar no carro dele dizendo que devia um dinheiro para a mãe dela e que iria pagar. Em seguida, ele a levou para a casa dele, onde tentou estuprá-la. A menina reagiu, momento em que o homem a enforcou até a morte.

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Depois, Reidimar disse que queimou o corpo de Luana, para dificultar uma possível identificação, e enterrou no quintal de casa. Depois, jogou cimento por cima. Em um vídeo, ele indicou aos policiais o local onde ela estava (veja abaixo).

Mais vítimas

A Polícia Civil inseriu o DNA do ajudante de pedreiro no Banco Nacional de Perfis Genéticos. O objetivo da medida é identificar se o homem fez outras vítimas.

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“Ele, certo de que estaria impune, bem como teria sido capaz de desfazer de todos os vestígios, disse que forneceria material genético. Então ele forneceu material genético. Colocando isso no Banco Nacional, é possível vincular o material dele a algum estupro sem autoria”, disse a delegada Carolina Borges.

Conforme a investigadora, Reidmar alegou que estava sob efeito de drogas ao matar e enterrar o corpo de Luana. No entanto, para ela, há indícios de que ele já tenha cometido outros crimes semelhantes.

“Acredito que esse tipo de situação não é um crime só, não tem motivação, não tem explicação para um crime desse, então acredito que possa sim ser um serial, em razão do modus operandi dele”, explicou a delegada.

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Reidimar já cumpriu penas roubo e receptação e chegou a ser investigado por estupro, em 2015, mas foi absolvido por falta de provas.

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